Título da redação:

Padrinho desatencioso

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 25/09/2017

É notório que há um aumento no número de refugiados no mundo, principalmente devido ao conflito situado no Oriente Médio, onde a Síria é o palco principal dos embates armados. Segundo dados divulgados pelo G1, o número de refugiados acolhidos em território brasileiro – de maioria síria - bateu o recorde em 2014. O Brasil se destaca na recepção de refugiados de todo o mundo, sendo um dos primeiros a concedê-los direitos constitucionais e um dos principais países acolhedores. Também permite ao apátrida facilidades para a naturalização mais rápida, mas ainda falha na hora de inserir seus novos cidadãos no dia-a-dia brasileiro. Esse problema deve-se, principalmente, ao descaso do governo com direitos constitucionais básicos e a desatenção à inserção no mercado de trabalho. Primeiramente, é importante destacar que apesar dos direitos terem sido concedidos aos refugiados, o que acontece na prática é um descaso mantido pelos governantes em relação a esses direitos constitucionais, tais como: saúde, educação, transporte e segurança. Os constantes escândalos de corrupção no governo exemplificam o descomprometimento dos parlamentares para com a nação e suas dificuldades. Esses problemas já afetam o brasileiro, e acabam atingindo ainda mais o refugiado, que se encontra em fase de adaptação à uma nova realidade, possui necessidades diferenciadas – principalmente de saúde e - e não obtém a qualidade e atenção necessária nos serviços públicos, pela falta de estrutura e investimentos do Governo Federal. Além disso, cabe ressaltar que, segundo a CONARE (Comissão Nacional de Refugiados), o Brasil também não oferece efetiva educação para aproveitar essa nova mão-de-obra que chega ao país e reinseri-los no mercado de trabalho. Alguns dos que chegam, ainda que apresentem curso superior completo, também encontram dificuldades, como na validação de diplomas, conforme cita matéria publicada no portal do G1, em janeiro de 2015. Isso prova que ainda há um certo atraso nas políticas de empregabilidade dos que chegam ao Brasil buscando abrigo. Em vista dos argumentos apresentados, é necessário que o Governo passe a atentar às reais necessidades dos refugiados, voltando esforços para o melhor aproveitamento possível dos novos cidadãos. Essas medidas se dão através de melhores investimentos e distribuição de recursos federais à áreas que precisam de mais infraestrutura e qualificação. As principais melhorias necessárias são: hospitais com recursos técnicos e humanos totalmente funcionais e prontos para receber esses estrangeiros que possuem algumas demandas diferenciadas, instituições de ensino capazes de educar o refugiado – em qualquer idade - e ensiná-lo eficientemente o idioma do país. Além do que foi apresentado anteriormente, é também preciso preparar profissionais para lidar com esses recém-chegados e inserí-los com sucesso no mercado de trabalho nacional, conforme necessidade de mão-de-obra para crescimento do país e também pessoal destes. Dessa forma, o Brasil se tornará o verdadeiro lar para os que tanto precisam e que podem ainda retribuir, trabalhando para o progresso da nação tupiniquim.