O Brasil é visto como um país livre dos tensos conflitos ao redor do globo. Assim, vem sendo cobiçado a ser a nova residência de muitos refugiados. Porém, a postura exorbitantemente nacionalista do brasileiro e o sistema de refúgio apresentam barreira para eles. Nesse sentido, o drama dos refugiados é causado pelas dificuldades de estabelecimento e o precário acolhimento do país. Sob essa perspectiva, a vinda de estrangeiros buscando refúgio cresceu no país, embora tenha sido empacada pelo sentimento xenófobo. Desse modo, como mostram os dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), o número de refugiados aumentou 12% em 2016 no país, com mais de 9 mil imigrantes. Dentre esses, destacam-se os Sírios, em maioria, pois fogem dos confrontos violentos, e os venezuelanos, que por conta das dificuldades econômicas no seu país, veem no Brasil um local neutro que disponibiliza uma vida melhor. Assim, o território brasileiro possui um expressivo contingente de refugiados, que necessitam, como todos os cidadãos, de direitos. Entretanto, como consequência desse grande número e do seu desconhecimento cultural e histórico, surgiu um ideal nacionalista agravante no país, que parte para a xenofobia, como evidenciado no ato Anti-Imigratório na Avenida Paulista em 2017. Dessa maneira, o desconhecimento do estrangeiro é prejudicial para o funcionamento do sistema de refúgio. Além disso, mesmo acolhendo esse contingente, o Brasil continua sem um plano de ação efetivo. Isso acontece porque ele não dispõe de uma regulamentação adequada, visto que apenas em 2017 a Lei de imigração foi sancionada, não tendo anteriormente regras consolidadas para a nova população. Outrossim, famílias sírias são cadastradas no Programa Bolsa família, sendo apenas um paliativo de uma situação desesperadora. Logo, vários refugiados não possuem a devida assistência necessitada. Conclui-se, portanto, que a situação dramática desses é decorrida de fatores sociais e governamentais. Para mudar esse cenário, a Conare deve atuar junto com a ACNUR, agência da ONU que lida com a questão, a fim de criar uma série de medidas, como a formação de comunidades para refugiados, que sirvam de moradias. Também devem incentivar a empregabilidade, através de especializações dessa nova mão de obra, a fim de equilibrar o sistema de refugiados, providenciando condições de sustento. É importante também que a população fique ciente e que os reconheçam, por meio da maior visibilidade desses grupos, tanto no meio educacional, com palestras, quanto em veículos de informação, como a TV e a Internet.