Comenta-se, com frequência, acerca do sofrimento dos refugiados no Estado brasileiro atual. Nesse sentido, é importante destacar a lentidão na emissão de vistos aos refugiados no Departamento da Polícia Federal (DPF), bem como a atuação do Instituto de Reintegração do Refugiado (ADUS) que objetiva inserir o imigrante refugiado no mercado de trabalho. O primeiro aspecto a ser ressaltado é quanto à lentidão na emissão de visto ao refugiado. Isso porque, conforme o Ministério da Justiça (MJ), o imigrante chega a esperar anos para conseguir uma entrevista de solicitação de visto perante o DPF. Ademais, de fato, essa morosidade só faz aumentar o drama das famílias dos refugiados que querem regularizar sua permanência no brasil e, consequentemente, possuir todos os requisitos formais para ingressar no mercado de trabalho. O segundo aspecto a ser ressaltado é no tocante à atuação da ADUS que objetiva inserir os refugiados no mercado de trabalho. Destarte, com efeito, de acordo com essa instituição, o principal empecilho em conseguir empregos aos imigrantes é a xenofobia que há no Brasil principalmente em relação à comunidade muçulmana. Outrossim, por certo, a xenofobia é o fato gerador do drama vivenciado hodiernamente pelos refugiados não só no Brasil, mas também na Europa o que, infelizmente, só faz constatar que a sociedade brasileira ignora suas origens que fora alicerçada em constantes imigrações. Por conseguinte, nota-se que o sofrimento dos refugiados no Estado brasileiro é um fenômeno presente na sociedade. Nesse contexto, a sociedade, por meio da iniciativa popular expressa na Constituição, deve exigir que as entrevistas também possam ser feitas online no intuito de dirimir as longas datas de espera. Nesse caso, os refugiados poderiam ter acesso aos computadores das escolas e universidades públicas.