Título da redação:

O desenvolvimento é o caminho

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 17/10/2017

Mais de 50 milhões de pessoas estavam deslocadas à força em 2013, o número mais elevado desde a Segunda Guerra Mundial, informa o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), em relatório divulgado dia 20 de junho de 2014 em Genebra. Em entrevista, o alto comissário, Antônio Guterres, disse que havia 10,7 milhões de novos deslocados em 2013 e 2,5 milhões de novos refugiados, o que caracterizou como "aumento colossal". O conflito interno da Síria já resulta em uma das maiores crises humanitárias já registradas, a maior desde a Segunda Guerra Mundial. A operação para resolver esta crise é a maior da história da ACNUR. “Desde o início do conflito até janeiro de 2014, mais de 2,39 milhões de pessoas fugiram do território sírio” afirma Godoy, sendo que somente em 2013 foram registrados 2,2 milhões de refugiados. Dados mais recentes afirmam que já havia 4.835.930 refugiados até 04 de julho de 2016, dos quais 494.734 (10%) estão em campos de refugiados. Portanto, os dados revelam que de janeiro de 2014 a julho de 2016 o número de refugiados dobrou (indo de 2,39 milhões a 4,84 milhões) segundo a ACNUR. Verifica-se, portanto, uma situação prolongada de refúgio, que já se estende por mais de quatro anos. Face esse cenário mundial, o Brasil tem surgido como um dos países dispostos a receber refugiados da Síria. O número de solicitações de refúgio no Brasil vem crescendo exponencialmente, tendo aumentado 930% no país entre 2010 e 2014.Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), o Brasil já recebeu cerca 3.460 pedidos de vistos humanitários de sírios, dos quais 2.298 mil já foram reconhecidos. Em 2014, os sírios já representam o maior grupo de refugiados no país, posição antes ocupada pelo grupo dos colombianos. O que se observa em relação aos sírios que chegam ao país é uma grande dificuldade de encontrar trabalho, principalmente em sua qualificação. Um dos principais obstáculos que se interpõe à consecução desse objetivo é o desconhecimento da língua portuguesa. Além disso, os sírios têm muita dificuldade em ter os seus diplomas reconhecidos no Brasil, bem como a aquisição da Carteira de Trabalho, CPF e RG (RNE no caso dos estrangeiros). Eles entram com visto de turista e não lhes é fornecido de pronto a documentação necessária para trabalhar e transitar pelo país. É relevante cientificamente que sejam feitos novos estudos teórico-conceituais, empíricos e metodológicos sobre o assunto da integração local dos refugiados, uma vez que os mesmos são incipientes no país e é uma área que ainda deve se desenvolver bastante.