Título da redação:

Inclusão e nova Lei de Migração

Tema de redação: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 25/10/2017

Em novembro de 2017, a lei que propiciará uma menor burocracia à naturalização dos imigrantes advindos ao Brasil entrará em vigor, fazendo com que eles tenham amplo acesso aos princípios básicos da cidadania. Posto isso, surge uma grande preocupação, ao passo que, no Brasil individualista que se vive hoje, as diferenças estão quase sempre às margens da sociedade. Em primeira instância, é importante ressaltar a realidade individualista do Brasil e também do mundo atualmente. Partindo desse aspecto, o sociólogo Zygmunt Bauman, no livro “Modernidade Líquida”, disserta que na era da pós-modernidade as convicções pessoais de cada um se tornaram muito mais importantes que a noção de coletividade, dessa forma, o individualismo se consolida. Dentro dessa ótica, pode-se concluir que essa nova noção contribui em muito para o aumento da marginalização social dos imigrantes no Brasil, haja vista que a população, com sua identidade nacional, pode se achar superior às outras nacionalidades, impedindo-as de se integrarem nos processos comuns de sociabilização. Outro fator determinante é a falta de acesso ao conhecimento da diversidade cultural. Esse aspecto, segundo Gilberto Cotrim, no livro “Fundamentos da Filosofia”, é muito negativo, haja vista que a partir do momento em que a diversidade não é conhecida, no primeiro instante em que o ser se depara com ela, terá um grande estranhamento, podendo este se ramificar em diversos tipos de preconceito, seja na esfera social ou até mesmo política. A partir disso, percebem-se diversas falhas no sistema educacional brasileiro, o qual tão pouco se preocupa em mostrar às crianças e aos jovens a grande pluralidade de culturas, fazendo com que esses indivíduos cresçam com uma ideia etnocêntrica estigmatizada. Diante do exposto supracitado, nota-se a grande importância de tentar mudar a realidade brasileira para se alcançar a integração dos imigrantes em nosso país, pós sancionamento da lei que amplia a cidadania desses indivíduos. Posto isso, o Ministério da Educação deve centrar esforços para ampliar a discussão da diversidade de culturas na sala de aula, a partir da inclusão de mais horas destinadas a esse tema dentro das matérias de Sociologia e Filosofia. Dessa forma, o estigma etnocêntrico e individualista criado desde cedo poderá ser desfeito e os imigrantes poderão ser amplamente integrados à sociedade brasileira.