Tendo sido a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial, 2014 foi palco de um grande número de refugiados sírios, onde em meio a um conflito civil muitos viram no Brasil uma chance de recomeçar. Contudo, a dificuldade enfrentada por esses ainda é uma realidade, a escravidão moderna e exclusão social fazem parte da rotina dos emigrados. Embora o número de refugiados reconhecidos no Brasil ter subido 12% no ano de 2016, segundo dados do Comitê Nacional para Refugiados (conare), a ausência de suporte para recepcionar e amparar os expatriados quebra com a expectativa de um pais multicultural que a igualdade e direitos humanos são garantidos por lei. Além disso há uma parcela da população que desenvolve um sentimento de intolerância aos recém-chegados e cria uma barreira ainda maior para a inclusão social destes. Somado a isso, a desqualificação profissional e com as poucas oportunidades encontradas no país muitos sofrem com a escravidão contemporânea que ainda persiste no Brasil, empresas que aproveitam da fragilidade dessas pessoas gerando trabalhadores com condições subumanas e salários miseráveis. Dessa forma, é necessário uma ação conjunta de vários ministérios, com destaque para o Ministério do Trabalho e para o Ministério do Desenvolvimento Social, os quais devem desburocratizar o processo de integração dos refugiados e oferecer a eles serviços gratuitos capazes de facilitar sua adaptação, como é o caso de cursos de português. Ademais, os referidos órgãos, em parceria com o Ministério da Educação, precisam realizar campanhas, nas escolas e nos diversos meios de comunicação, que incentivem a solidariedade e a boa relação com os estrangeiros, ao passo que desencorajem comportamentos de intolerância. Desse modo, as ações sugeridas mudarão a difícil situação dos refugiados no Brasil hodiernamente.