Título da redação:

De um Hemisfério ao outro, a caminhada por dignidade

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 31/10/2017

A problemática dos refugiados tornou-se uma questão global, de haitianos no Brasil à sírios na Europa, pessoas saem de sua terra natal em busca de melhores condições de vida. Muitas famílias viajam milhares de quilômetros na tentativa de reconstruir suas vidas e lares em terras estrangeiras, porém após atravessar mares, desertos, planícies e toda sorte de desafios, encontram mais uma barreira: As fronteiras. Os campos de refugiados na Europa evidenciam a contraditória injustiça imposta aos imigrantes. Enquanto cidadãos desses países gozam de seguridade social e direitos civis, políticos e sociais assegurados por suas constituições, estrangeiros refugiados são obrigados a dormir em barracas, mesmo com temperaturas abaixo de zero, além de conviverem com racionamento de comida e água, em lugares rodeados por cercas e grades com arame, o que evidencia o quão desumano é o tratamento para com essas pessoas. Jamais um cidadão destes países seria submetido a tal na contemporaneidade. Enquanto pessoas são inferiorizadas em nações que se dizem desenvolvidas, o governo brasileiro sanciona uma lei que avança nas questões sociais e nos direitos dos imigrantes, contrariando aquilo que ocorre na Europa. Infelizmente, refugiados no Brasil ainda sofrem com discriminação racial e xenofóbica. Nesse sentido, o poder executivo toma uma decisão ousada que a longo prazo pode ocasionar um aumento significativo nos fluxos migratórios em direção ao território nacional. Contudo, apesar de a solução parecer avançar a passos largos, ofensas vindas das classes reacionárias da sociedade como “vieram roubar nossos empregos” fazem parte do cotidiano de imigrantes brasileiros vindos de nações menos desenvolvidas. De fato, são pessoas que aumentam a oferta de mão de obra desqualificada no mercado e, por conseguinte, acabam por trazer um aumento no exército de reserva, levando a diminuição de salários e precarização do trabalho. Entretanto, a raiz do problema está na lógica do sistema produtivo atual e não no fato de imigrantes fazerem aumentar o contingente de trabalhadores em território nacional. Por fim, nota-se que o problema se coloca em duas principais frentes, econômica, pela precarização do trabalho, e social, com a discriminação. No que tange a primeira, o poder executivo pode trazer soluções construindo espaços de qualificação profissional, ou firmar convênios com empresas (como o Senai) para refugiados especializarem-se e contribuírem para o desenvolvimento da nação. No plano social, a mídia, através de seus programas, e cumprindo seu papel na sociedade, pode exibir produções culturais mostrando o drama dos refugiados no mundo, como as zonas de conflitos, as rotas de imigração, etc. com intuito de sensibilizar a população acerca das dificuldades enfrentadas por essas pessoas.