O Brasil tem como “marca” sua vasta distinção étnica. Desde o inicio, o país conta com origens europeias, portuguesas e africanas. Desde então, um pedacinho de cada continente, junto com brasileiros natos, tornam dele um país multicultural, e por esta razão, são naturalmente acolhedores com turistas, imigrantes e ate mesmo com refugiados. Segundo dados do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), foram reconhecidos no país mais de 9.500 refugiados de aproximadamente 82 nacionalidades ate o final do ano de 2016, e esses números vão so aumentando. Estes refugiados buscam por melhores condições de vida, um recomeço, uma nova vida. Na maioria dos casos, o principal motivo é a busca pela própria segurança e de sua família. Porem, países vizinhos não dão chance a esses refugiados de mostrarem seus principais objetivos. Enxergam estas pessoas como malfeitores, terroristas, pessoas perigosas para sua sociedade de forma preconceituosa e assim generalizando o fato de que todos os refugiados são pessoas de ma índole e não como outra pessoa qualquer tentando uma nova vida, em outro pais, em outro continente, com medo, sem a menor infraestrutura para um recomeço em outro lugar distante. No Brasil, os refugiados já alocados, agora imigrantes, sofrem com o desemprego e com a busca de um novo emprego, temendo não encontrar e ter como alternativa a volta para seu país de origem, mesmo com a dificuldade que os levou a migração. A discordância da população com a “preferência” que o Estado dão a estas pessoas nos projetos como Hospital e Médico de Fronteira. Projeto iniciado de forma bastante polemica por trazer médicos do Paraguai e não dar preferência para os médicos brasileiros. Com a falta de emprego, muitos passam dificuldades maiores, não tendo onde morar, passando fome, preconceito nas ruas, agressões e a melhor condição de vida que buscavam torna-se um mero sonho, onde somente com o tempo irão conseguir tornar realidade. Assim como um grupo de sírios que abriram um restaurante em São Paulo para terem como se manter. Da passagem de seu lugar de origem para um novo e a transformação que ocorre na vida destas pessoas não acontece de maneira simples e rápida. Mesmo com o envolvimento do Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) juntamente com a ONU e o governo, estas pessoas enfrentam com uma coragem absurda todos os medos e obstáculos do caminho para que tenham uma nova vida, diferente da que tinham onde vieram. O reconhecimento e humanidade da população neste trajeto não facilitam porem, ajudam no acolhimento em uma sociedade.