Título da redação:

Até onde vai o refúgio de um refugiado?

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 29/09/2017

Na última década, o Brasil tem acolhido uma imensa quantidade de refugiados de várias partes do planeta. Porém, nosso país teria capacidade para abrigá-los? Enfrentando discriminações e problemas trabalhistas, a vida dos refugiados é bem diferente da defendida constitucionalmente. Evitando maiores problemas, muitos indivíduos saem de seus países de origem buscando uma vida mais próspera. Dessa forma, em muitos casos, esses indivíduos deixam seus países devido às guerras por territórios, como no Iraque e em Israel; às doenças, como o Ebola; às crises econômicas, como na Venezuela e às catástrofes naturais, como os furacões que assolam os Estados Unidos. Portanto, o Brasil se torna um potencial portosseguro aos refugiados, pois não apenas as leis brasileiras são receptivas como também a população. Então, diversos indivíduos vêm para cá tentar uma vida melhor, com dignidade e emprego, ou seja, uma vida de qualidade que assegure seu bem-estar. No entanto, diferentemente do amparo legislativo e da boa recepção pela população, os refugiados enfrentam diversos problemas, como no mercado de trabalho e na legalização da nacionalidade. Desse modo, o mercado de trabalho para os refugiados acaba sendo um transtorno por motivos como o racismo e a xenofobia, como também pela ação de defesa ao trabalhador brasileiro, impregnada nesse setor desde o lançamento da Lei dos 2/3, na Era Vargas, que visa possuir uma alta taxa de trabalhadores nativos brasileiros, o que acaba restringindo o trabalho aos refugiados, levando-os, em muitos casos, ao trabalho informal, como vendedores ambulantes. Além disso, mesmo com a sancionação da nova Lei de Migração, em maio de 2017, eles enfrentam a questão da demora para adquirir efetivamente o visto de nacionalidade brasileira. Por conseguinte, para sanar o drama dos refugiados no Brasil, diversos setores brasileiros deverão atuar conjuntamente. Assim, o Estado, por meio de campanhas publicitárias em meios comunicativos nacionais, como redes de televisão e rádio, deve disponibilizar informações quanto à nova Lei de Migração para a população ter um maior esclarecimento e apoiar a contratação de refugiados, aumentar a quantidade de trabalhadores nos Departamentos da Polícia Federal para agilizar os processos de encaminhamento da nacionalidade, assim como, por meio do poder Legislativo, criar novas leis com o intuito de assegurar uma mínima porcentagem dos empregos para essa classe trabalhadora; as ongs, por meio da disponibilização de cartilhas, devem mostrar a real importância tanto do trabalho quanto da nacionalidade para esses indivíduos. Assim, quem sabe, viveremos num Brasil no qual os refugiados se sentirão tão brasileiros como nós.