Título da redação:

Além da fronteira.

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 20/09/2017

Desde os tempos remotos, a imigração em massa da humanidade já era presenciada em várias partes do planeta. Com o advento da Grande Guerra Mundial, que devastou países e continentes inteiros, a luta pela sobrevivência era crucial, pois, devido à escassez de alimentos, desemprego e a precariedade na saúde, muitas famílias viram a necessidade de migrarem para outras nações, como o Brasil. Nesse contexto, muitos refugiados adentram o país em busca de melhorias de vida e ávidos por um futuro melhor, o que de fato é contrariado, decorrente de um sistema inadequado de recebimento e falho no trato com os mesmos. Mormente, muitos imigrantes advindos de regiões conflitosas e calcadas em preceitos religiosos, como no Oriente Médio, veem o país como um refúgio para se evadir da opressão que são submetidos. Todavia, em meio à crise econômica que acomete o Brasil, os refugiados deparam com obstáculos de realocação e principalmente barreiras de idioma. Nesse contexto, infere-se que o despreparo nacional contracena com uma política ineficiente que mal pode oferecer abrigo, saúde e educação para com os apátridas. É salientado, também, que a xenofobia seja um fator que incide no agravo, já que muitos brasileiros se negam a prestar ajuda aos desabrigados, ora por medo, ora por repúdio. Logo, baseado em estudos empíricos, o sociólogo alemão Wilhelm Heitmeyer cita que as pessoas não são discriminadas por sua conduta pessoal, mas por pertencerem a determinados grupos. Parafraseando sua máxima, é tido que o orgulho nacional, minado pelo preconceito e temor à discrepância de sua identidade, culmina na aversão aos refugiados. Destarte, evidencia-se a necessidade de mudanças. O Estado, na figura do seu Poder Legislativo é incumbido de aprimorar as leis existentes de proteção a refugiados com situação legal no país, por meio de emendas complementares e que respaldem seus direitos como qualquer cidadão brasileiro. O Poder Executivo deve conceder assentamentos, cursos profissionalizantes e o acesso à saúde e educação, ao tempo que fiscalize e puna atos de xenofobia contra os expatriados. Outrossim, ONG's e escolas devem recorrer à mídia, com fito de alertar a sociedade sobre a situação dos novos imigrantes e, mediante a palestras, dirimir o preconceito incrustado no seio da nação.