Título da redação:

Abrindo as Cortinas

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 01/10/2017

''Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma''. A dinâmica de migrações do globo leva em consideração aspectos socioeconômicos para classificar os fluxos. E nesse contexto, a estabilidade econômica nos últimos anos e a multiculturalidade no Brasil, atrairam a atenção dos estrangeiros assim como no século XX quando vieram fazer a América, também em busca de novas oportunidades. Porém, com a atual retração econômica e a crescente dos problemas estruturais, fica evidente a urgência de quem chega e quem sai. É preciso considerar, antes de tudo, os fluxos exponencial de refugiados que escolheram o Brasil e que agora são alvos de ataques xenófobos. Movidos pela expectativa de dias melhores e, muitas vezes, conscientes do cenário favorável, a vinda de imigrantes, agora, polariza parte da população acerca da aceitação desses. De acordo com o filósofo Schopenhauer, o homem toma os limites do seu próprio campo de visão, como os limites do mundo, e isso é evidenciado com os quadros de preconceito registrados. Assim, acusações como roubo de empregos e incitação da fé islâmica são fatos que criminalizam esses refugiados. Em paralelo a essa chegada de principalmente sul-americanos e árabes, o caminho inverso dos próprios brasileiros expõe o delicado momento. A atual crise político-econômica e o permanente estado de violência têm estimulado muitas famílias a se refugiar sazonal ou definitivamente. Logo, em um primeiro momento, indivíduos de maior poder aquisitivo deixam de investir no mercado nacional, transferindo essas ações para outros países, ao passo em que também essa mão de obra brasileira se volta para o mercado internacional, a significar total perda para o Brasil. Fica claro, portanto, o drama dos refugiados em solo tupiniquim é consequência de deficiências sociais, políticas e econômicas do país. É imprescindível, então, investimentos em educação para supressão deste quadro. Cabe à Mídia e a Escola promover o ensino de história dos povos, uma vez que conhecer e entender são as bases do respeito. Desse modo, promover palestras para contato com experienciais reais potencializariam essas ações. Somente assim abriríamos as cortinas para um futuro mais justo e harmônico.