Título da redação:

A dificuldade dos que lutam pela sobrevivência

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 17/10/2017

Guerras e catástrofes naturais. Dois eventos completamente diferentes, mas que acarretam num mesmo processo: a busca pela sobrevivência por parte da população, forçada a abandonar tudo. Desde 2010, tanto com a Primavera Árabe - onda de manifestações revolucionárias no Oriente Médio e no norte da África - quanto com o terremoto que assolou o Haiti, percebeu-se o aumento em massa de refugiados pelo mundo que procuram, inclusive o Brasil, país que ainda enfrenta uma série de desafios para ajudar quem está entre a vida e a morte. Em primeiro plano, é importante recordar o que o sociólogo Zygmunt Bauman defende na obra “Modernidade Líquida”: o individualismo é uma das principais características - e o principal conflito - da pós-modernidade e, por conseguinte, parcela da população tende a ser incapaz de tolerar diferenças. Indubitavelmente, é difícil a aceitação de outras culturas, porém, faz-se necessário que o brasileiro veja o refugiado como um ser humano vítima de algum grave contratempo em seu país de origem, urgindo, portanto, de auxílio humanitário. Nesse sentido, um caminho para combater a intolerância é a desconstrução do principal problema da contemporaneidade: o individualismo. Além disso, é perceptível que os refugiados são alvos de preconceitos, como racismo e xenofobia. “É mais fácil desintegrar um átomo que um preconceito.” Com essa frase, o ilustríssimo Albert Einstein desvelou os entraves que envolvem as diversas formas de discriminação existentes na sociedade, o que inclui a intolerância cultural. Apesar disso, torna-se complexo compreender o pensamento de parte da população brasileira que rejeita o diferente a partir do momento que se observa o processo de formação dela: uma amálgama formada por matrizes culturais (indígenas, europeus e africanos), o que mostra o sincretismo cultural no Brasil, que devia ser um país tolerante visto que é formado por povos de todo o mundo. Dessarte, é necessário que acabemos com o drama dos refugiados no País. O individualismo deve ser desconstruído da sociedade por meio de palestras em escolas e universidades, buscando, assim, a formação de cidadãos que saiam tolerar as diferenças e que tenham empatia, além da construção de um povo altruísta, conforme o pensamento de Augusto Comte. Ademais, o Ministério Público deve garantir a aplicação integral da Lei de Migração, que entrará em vigor em novembro de 2017, visando a assegurar o direito daqueles que lutam pela sobrevivência e carecem de cuidados humanitários, bem como punir quem comete crimes de injúria e calúnia. Dessa forma, é possível que tenhamos uma nação mais unida, tolerante e que busque prosperidade para todos que a compõem.