Título da redação:

A descentralização identitária

Proposta: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 31/10/2017

O homem, desde o século XV, desloca-se para diversos lugares distintos ao seu local de origem, exemplificado no período das Grandes Navegações; nesse âmbito, o Brasil recebeu em sua formação, majoritariamente, europeus e africanos. No entanto, no contexto atual, os indivíduos que se deslocam de seus países com receio dos conflitos armados e em busca de melhores condições, como na Síria, sofrem preconceito e agressão, cenário desfavorável ao direito de isonomia. Sobre tal ótica, o Romantismo, escola literária nacional, teve como uma de suas principais características o ufanismo - termo que designa a valorização exagerada de determinada cultura, com efeito, a sociedade passou a visualizar o território brasileiro como um todo. Essa situação, por conseguinte, produz nos brasileiros o sentimento preconceituoso ao que se mostra distinto. Ademais, a crença de que seus empregos serão tomados pelos estrangeiros e a não aceitação de uma nova cultura são marcas da xenofobia vivenciada pelos refugiados. Em outro aspecto, no Brasil há constantes deslocamentos dos bolivianos e paraguaios. Conquanto, os refugiados migram para outros locais com a esperança de seguridade e acolhimento, haja vista a situação de seu país natal, que, por vezes, é deficitário no que concerne ao índice de empregabilidade. Agregando-se ao exposto, há a problemática dos operários, os quais trabalham em condições análogas à escravidão, circunstância que infringe o conceito de um País Democrático de Direito, haja vista a quebra de um dos princípios: a dignidade da pessoa humana. Pode-se inferir, portanto, que a reforma na projeção a qual os estrangeiros estão submetidos é nevrálgica. Ao governo, por meio do Ministério de Educação e Cultura em conjunto ao de Fiscalizações, compete a responsabilidade de instrução à população, planejando propagandas midiáticas que levem a compreensão da situação dos refugiados e, também, a fiscalização dos trabalhadores, a fim de decair o entrave e melhorar a convivência entre os indivíduos. Assim, pois, alcançar-se-á o decréscimo da descentralização identitária defendida pelo jamaicano Stuart Hall.