“Alice levanta-se e corre atrás de um coelho apressado e falante, ao segui-lo cai em um buraco que a leva para o País das Maravilhas”. Infelizmente, o destino de crianças reais desaparecidas não é o mesmo da personagem Alice. Geralmente, elas são ludibriadas e levadas a situações de horror, como sequestros, prostituição ou comércio de órgãos. Dessa forma, o desaparecimento infantil deve ser encarado como um problema a ser enfrentado pela sociedade, a fim de amenizar seus efeitos nocivos tanto para as crianças quanto para os familiares. Primeiramente, um trauma adquirido na infância pode ser levado para a vida toda. As crianças raptadas podem ter uma destinação perversa como tráfico de pessoas, abuso sexual por pedófilos ou escravização, e, muitas vezes, não são encontradas, devido à morte precoce ou à perpetuação das condições acima citadas. Dessa maneira, a vítima poderá se tornar um adulto inseguro e com dificuldade de relacionamento interpessoal, além de poder vir a desenvolver problemas psíquicos como depressão e síndrome do pânico. Ademais, o desaparecimento de um filho destrói a vida de uma família. Para os adultos o sentimento de culpa e apreensão acerca da localização das crianças, se agrava com o passar do tempo e leva, em muitos casos, ao desespero. Futuramente, esses adultos podem cometer suicídio, abusar de drogas ou desenvolver outros problemas psíquicos. Em situações de sumiço de menores de idade é essencial que se procure a polícia, e que esta, imediatamente, inicie as investigações, para aumentar as chances de encontrá-los. Destarte, é evidente que o desaparecimento de crianças pode ser nocivo, também, para sua família. Fica claro, portanto, que a sociedade deve olhar com mais atenção ao problema do desaparecimento infantil. Para tanto, faz-se necessário que o Governo Federal desenvolva mais campanhas de incentivo à denúncia em casos de rapto de crianças, elencando atitudes suspeitas e fornecendo formas de denúncia sigilosas por via online e telefônica. Além disso, os pais devem se manter vigilantes quanto a conversas que seus filhos mantêm em redes sociais, observando seus celulares e computadores, e alertando para o perigo de marcar encontros com alguém desconhecido. Assim, as crianças continuarão protegidas e poderão cultivar em seu imaginário lugares fantásticos como o País das Maravilhas.