O desaparecimento de crianças e adolescentes é uma problemática bastante frequente no Brasil. Embora os números fornecidos pelo Ministério da Justiça sejam expressivos, a tendência é que eles sejam maiores ainda, tendo em vista que muitos casos ,as vezes, nem entram nas estatísticas oficiais. Na maioria das vezes, as motivações do crime de rapto de crianças é o tráfico, com finalidades diferentes como prostituição, trabalho escravo e venda de órgãos por meio do mercado negro. No Brasil, são vários os motivos que contribuem para o tráfico de crianças, como a ineficácia da legislação judicial, ou até mesmo a fragilidade das fronteiras e dos órgãos competentes pela fiscalização . O despreparo da polícia para agir com essas situações também facilita a vida dos criminosos, que cada vez mais tem realizado esses crimes visando o alto lucro, que segundo dados da Unicef, giram em torno de 30 bilhões no mundo todo. Os infratores muitas vezes agem sem violência, usando artimanhas para atrair as crianças. As redes sociais são uma ferramenta utilizada para promover uma conexão entre as quadrilhas e as crianças, facilitando assim,a ação dos criminosos. Por conseguinte em um cenário alternativo, no leito do grande Rio Amazonas, crianças em busca de uma alimentação diferente são atraídas por embarcações de criminosos que as raptam e as vendem como escravas sexuais. Logo, o problema do desaparecimento de crianças e adolescentes deve ser entendido como prioridade não apenas pelas famílias que vivem este drama, mas por todos os cidadãos. Na esfera política, a Comissão Parlamentar de Inquérito, discute o trabalho preventivo contra desaparecimento de crianças e adolescentes e a criação de delegacias especializadas em resolver esse tipo de problema. Portanto, é imprescindível a ação do governo para diminuir os números de crianças desaparecidas no Brasil. Adotar medidas de austeridade aos envolvidos em crimes de tráfico de crianças, assim como uma maior fiscalização na locomoção de crianças desacompanhadas de responsável legal, não apenas nos centros urbanos, mas também nas fronteiras, seriam boas alternativas a se seguir. Uma maior exposição de informações das vítimas em mídias públicas também ajudaria a identificação e resgate das mesmas.