Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O drama de crianças desaparecidas no Brasil

Redação enviada em 23/08/2018

A Carta Magna Brasileira de 1988 prevê que todos os cidadãos brasileiros tenham direito à segurança, o que, em teoria, promoveria um contexto de bem-estar social. Entretanto, contrapondo-se a esse princípio, tem-se, na prática, a preocupante e epidêmica questão do desaparecimento de crianças. Diante disso, há, nesse contexto, dois principais fatores que devem ser levados em consideração: a vulnerabilidade infantil frente às redes sociais e uma falta de política pública que aja especificamente no cerne dessa problemática. É plausível pensar que as novidades em termos comunicacionais advindas do que os pesquisadores chamam de terceira revolução industrial são potencialmente nocivas dentro de um determinado contexto. Destarte, a questão do desaparecimento de crianças está atrelada, muitas vezes, ao ingresso precoce dos pequenos nas redes sociais, uma vez eles não possuem maturidade e discernimento suficiente para selecionar as pessoas com as quais irão se relacionar virtualmente. Nessa conjuntura, é comum que aliciadores se aproveitem dessa ingenuidade inerente ao mundo infantil em “chats” de conversas, induzindo a criança a ir ao seu encontro ao fazer falsas promessas, como a entrega de um brinquedo na saída da escola. Outrossim, é lógico pensar que a irrisória parcela de estudos estatísticos brasileiros que versam especificamente sobre essa problemática é uma das causas que tornam sua solução bastante complexa, uma vez que não se tem uma noção de magnitude real do problema. Além disso, o fato de que muitas fronteiras brasileiras sequer exigem uma documentação que comprove o parentesco da criança com o adulto que ela está acompanhada indica o quanto a atual política de segurança brasileira é falha na erradicação de tal questão. Dessa forma, seja a irregular saída de uma criança do país, que pode estar nas mãos de criminosos que visam ao lucro mediante prostituição infantil e tráfico de órgãos, seja a condenável prática que algumas unidades de polícia têm de não fazer a busca imediata da criança, são fatores que alimentam significativamente a gravidade desse impasse. Urge, portanto, a necessidade de que os pais regulem o acesso de seus filhos nas redes sociais, evitando que esse ingresso seja muito precoce, sendo feito somente quando a criança estiver ciente de todas as medidas de segurança que devem ser tomadas na internet, as quais devem ser passados em palestras escolares, a fim de evitar casos de desaparecimento por sequestro. Ademais, cabe ao Ministério da Segurança, além de elaborar novos estudos sobre o tema, intensificar os pontos de fiscalização nas fronteiras nacionais e internacionais, assim como nos aeroportos, por meio da contratação de mais profissionais da área que irão investigar ou identificar possíveis crianças desaparecidas que estão sendo levadas por criminosos. Assim, os ideais de segurança propostos pela constituição cidadã farão efeito e assegurarão a vida daqueles que ainda terão muito o que viver.