Sabe-se que o Estatuto da Criança e do Adolescente é o instituto de regras que regulamenta os direitos e as garantias fundamentais previstas constitucionalmente, contudo, muito se tem discutido, recentemente, acerca do aumento do número de crianças desaparecidas no Brasil e, como as leis acabam por serem ineficazes diante da luta para resolução do problema que afeta a sociedade. De acordo com a matéria publicada pela BBC Brasil, o tráfico de órgãos e os crimes de pedofilia são as maiores causas dos raptos dos jovens, podendo-se mencionar, por exemplo, a existência da Deep Web, rede de sites obscuros que fomentam e movimentam os comércios de pedofilia e vendas de órgãos humanos. Ademais, as famílias em situação de miséria são as mais vulneráveis, posto que, são ausentes de políticas públicas, como creches, escolas integrais e projetos sociais, fazendo, desse modo, que os pais, por necessidade do trabalho, deixem seus filhos sozinhos em casa. Outra preocupação constante é a demora da ação da Polícia Civil em iniciar as investigações dos sequestros, o que traz, consequentemente, o aumento no índice dos casos não solucionados. Logo, apesar do Estatuto consolidar os direitos no papel, a eficácia da proteção à criança é mínima, já que, a justiça brasileira funciona como uma máquina antiga e burocrática, sendo assim, cheia de lacunas e falhas, levando, dessa maneira, as próprias mães a se unirem em campanhas pela busca dos filhos desaparecidos. Fica clara, portanto, a necessidade de resolução desse impasse. O Governo Federal, por intermédio do Ministério dos Direitos Humanos, deve desenvolver ações em busca da conscientização dos riscos eminentes do desaparecimento de pessoas, por meio de propagandas televisivas e mídias sociais. Além de promover projetos escolares, com intuito de ensinar as crianças a como se protegerem de estranhos ou situações de perigo.