Na teoria, segundo a Constituição de 1988, todo o indivíduo tem direito a segurança. No entanto, observa-se que na prática a realidade é totalmente diferente, uma vez que casos de desaparecimento de crianças tem se tornado cada dia mais frequente no Brasil. Nesse contexto, deve-se analisar as principais características dessa problemática . Em primeira análise, cabe pontuar que de acordo com a ONG Mãe da Sé, cerca de 40 mil crianças e adolescentes desaparecem todo ano no Brasil. Entretanto, esse número tende a ser maior, tendo em vista que muitos casos nem sempre entram nas estatísticas oficiais. Isso acontece principalmente devido aos problemas que os familiares enfrentam para mobilizar os órgãos públicos, como por exemplo, à polícia. Uma prova disso está na demora em começar as buscas, ou na realização do boletim de ocorrência que pode demorar de 24 a 48 horas. Outrossim, convém frisar o Brasil é um dos países mais vulneráveis da América Latina, no que diz respeito ao trafico internacional de crianças, sendo este, o principal motivo para o desaparecimento dessas pessoas. Segundo um relatório das Nações Unidas, as crianças representam cerca de 27% de todas as vítimas de tráfico humano, sendo maioria do sexo feminino. Ademais, vale lembrar que entre as diversas finalidades dessa ação, destaca-se a venda de órgãos, o trabalho escravo, a prostituição ou adoção ilegal. Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que o Governo Federal crie leis mais rigorosas e aumente a fiscalização das fronteiras, com o intuito de diminuir ou erradicar o tráfico no Brasil. É importante também que os pais fiquem de olho nas crianças não as deixando brincar ou andar sozinha na rua. Além do mais, a polícia pode estar divulgando as fotos dos desaparecidos para ajudar no trabalho de busca, isso pode ser feito através da mídia ou redes socais.