Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O drama de crianças desaparecidas no Brasil

Redação enviada em 07/08/2018

A série americana lançada em 2016, "Stranger things", tem seu início impulsionado pelo desaparecimento de Will, um garoto de 12 anos. Fora da ficção, casos de crianças desaparecidas são uma realidade no Brasil, tornando necessária não só a análise da problemática como também uma postura menos negligente das autoridades. Inicialmente, deve-se conhecer as dimensões do problema no país. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, há 50 mil registros anuais de crianças e adolescentes que não voltaram a ser vistos por suas famílias. Tal situação é um absurdo social, tendo em vista a vulnerabilidade desses menores, expostos a variados tipos de violência e exploração, incluindo o tráfico humano. Por outro lado, apesar do quadro assustador, verifica-se que muitos movimentos civis, como o "Mães da Sé", atuam sem apoio do poder público. Nesse sentido, vale lembrar do pensamento do sociólogo francês Émile Durkheim de que a sociedade assemelha-se a um organismo biológico, dependente do funcionamento correto de todas as partes que o compõe. Logo, um Estado deficiente, fato observável pela ausência de um cadastro unificado e atualizado referente ao tema, dificulta a superação do cenário. Medidas, portanto, são necessárias para mitigar o impasse. Haja vista a ideia durkheimiana, o Governo Federal, por meio da integração e compartilhamento de dados entre órgãos de justiça dos estados, deve criar um cadastro único de desaparecidos, a ser atualizado constantemente e divulgado em espaços públicos e nos veículos midiáticos. Espera-se, com isso, facilitar o trabalho investigativo e aumentar o número de crianças encontradas, de modo que casos como o da série possam ser solucionados na vida real.