Tráfico de pessoas, exploração sexual, venda de orgãos, trabalho escravo e adoção ilegal são algumas das inúmeras causas para a estimativa do Ministério da Justiça de que, no Brasil, 40 mil crianças somem misteriosamente a cada ano. Infelizmente, o desaparecimento de crianças e adolescentes é uma realidade triste e ignorada pela população e orgãos públicos. A princípio, a polícia ainda é negligente aos casos e gera maior sofrimento, pois muitas mães ainda são orientadas a registrarem um boletim de ocorrência a partir de 24 até 48 horas, o que diminui drasticamente as chances de localização. Insta salientar que, desde de 2005, há uma lei que determina a investigação imediata de pessoas desaparecidas, por isso, mesmo que o Estado e a família tenham o dever legal de proteção irrestrita à infância e a juventude, ações legalistas não tem caráter resolutivo. Ademais, trata-se de uma dor irreparável para quem fica, principalmente pela dúvida sobre o destino e a inércia do poder público. Nesse sentido, é um problema grave de toda a nação brasileira, uma vez que todos são sustíveis à fatalidade, consoante urge reparar esse cenário de crescimento e a falta de efetividade da Polícia Civil. Dessa forma, o Governo Federal deve determinar a existência de delegacias especializadas na investigações de crianças desaparecidas em cada estados brasileiro, juntamente com a participação do Ministério da Justiça no acirramento da lei de investigação imediata. Assim, regularizará inquéritos e o andamento das investigações, a fim de corrigir falhas do sistema e punir as redes criminosas.