Funcionando como a Lei da Inércia, descrita por Isaac Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso, o desaparecimento de crianças no Brasil é um infortúnio que persiste. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de alterar o rumo desse problema, fatores governamentais acabam contribuindo com a situação atual na sociedade tupiniquim. A despeito disso, em uma hodierna pesquisa publicada pela Revista Brasileira de Ciências Sociais, cerca de 30% das investigações policiais sobre desaparecimento de pessoas são concluídas. Indubitavelmente, esse número é menor quando se trata do público infantil, visto que as crianças são altamente influenciáveis. Conquanto, esse número poderia aumentar se as Polícias Civil e Militar usufruíssem do acesso facilitado a ferramentas que acelerassem e facilitassem as buscas pelas crianças desaparecidas. É pueril acreditar que milhares de pessoas sumam misteriosamente sem deixar rastros, pois de acordo com uma famosa frase da célebre série televisionada CSI, não existe crime perfeito, e sim uma investigação imperfeita. Isto posto, pode-se aplicar na tese em questão, porquanto, se as Polícias detivessem de equipamentos e treinamentos pertinentes para realizar averiguações mais profundas, é inegável que os índices de crianças desaparecidas no Brasil seriam drasticamente diminuídos. Dessa forma, fica evidente a necessidade de uma mudança nesse trajeto. Dessarte, o Poder Executivo deve cobrar das Polícias resultados prósperos, para isso, é necessário investir em viaturas, treinamentos, tecnologias e equipamentos que auxiliem nas investigações. Decerto, com cooperação e fiscalização efetiva do Poder Judiciário, o Governo brasileiro funcionará como a força descrita por Newton e mudará o itinerário do número crescente do desaparecimento de crianças, da persistência para a extinção.