O problema do desaparecimento de crianças deve ser encarado como prioridade não apenas para as familias, mas por todos. Calcula-se que a cada 15 minutos uma criança suma. Estima-se que em média são 50 mil casos no Brasil, sem contar que este número pode estar baixo, pois muitas denúncias não são feitas. Diante da ineficácia do Estado, o problema exige soluções. A falta de políticas públicas e sociais que combatam essa mazela torna o caso brasileiro mais grave. Medidas simples ajudariam a reduzir a incidência de desaparecimento de crianças como a criação de um registro de identidade para todo recém-nascido e que fosse expendido nas maternidades ou mesmo em postos de vacinação. Outra medida é facilitar o fluxo de comunicação dos novos casos. Os boletins de ocorrência de desaparecidos passariam a ser enviados ao Ministério da Justiça para publicação em uma página específica na internet. Nesse espaço, os familiares, as autoridades e os interessados em ajudar na busca desses menores encontrariam informações como fotos, para colaborar. O sistema atual não funciona, pois para incluir o caso no site do governo precisa ser feito compulsoriamente por um policial. Além disso, o atual cadastro nacional de crianças desaparecidas é ineficaz e obsoleto. E mostra a falta de prioridade do Estado ao assunto. A sociedade quer mudança. É importante que entidades criem campanhas, reuniões e atos para chamar a atenção da população e das autoridades sobre esse tema que afeta milhares. Com o apoio e a participação de grupos organizados da sociedade, escolas e estabelecimentos médicos, uma nova realidade poderá surgir ao estimular os governantes a debaterem e criar politicas públicas e sociais que resolvam essa questão.