Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. O fator que leva diariamente o desaparecimento de milhares de crianças no país, reflete essa realidade na sociedade contemporânea brasileira. Por trás dessa lógica existe algo mais grave: a postura passiva dos principais formadores de consciência da população. O contexto brasileiro se caracteriza pela falta de preocupação moral nas instituições de ensino, na grade escolar básica o ensinamento para segurança pessoal faz-se necessário e sua ausência auxilia na má formação da malícia infantil referente a crimes de sequestro à menores. A lei institui que o trabalho de buscas a desaparecido sejam feitos por policiais civis ou militares, e , na maioria dos casos a ausência de um departamento específico apenas em desaparecimento infantil em cada cidade demanda bastante tempo dos policiais de cunho geral o que gera menos eficiência nas buscas em razão as suas altas demandas de demais casos. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de conter o avanço do desaparecimento infantil, deve tornar-se efetivo, uma vez que o percentual desses casos só vêm aumentado. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar através de uma petição comunitária a dois órgãos público: educação e segurança, ao MEC que insira na grade escolar de todo o ensino fundamental aulas de defesa pessoal e cuidado com estranhos, já ao departamento policial brasileiro que seja instalado em cada cidade brasileira um departamento apenas de busca em desaparecimentos. Dessa forma poderá ser construindo uma sociedade cada vez mais solidificada.