O desaparecimento, de forma geral, tem três causas distintas: a voluntária (o indivíduo se afasta por vontade própria), involuntária (quando a pessoa é afastada do cotidiano por causa de um evento o qual não tem controle) e, por fim, a forçada (quando terceiros privam alguém de sua liberdade). Porém, o problema se agrava quando as vítimas são crianças, o Brasil é um país que possui grande falha na resolução de casos de desaparecimentos. A história da britânica Madeline Mccann teve notoriedade na impressa mundial e ainda não foi solucionado. A criança desapareceu em 2007, quando passava as férias em um hotel de Portugal com a família e até hoje não foi encontrada. O Brasil não é exceção nos casos de desparecimento infantil. Ao contrário, no último levantamento feito pelo Ministério da Justiça e o Movimento Nacional dos Direitos Humanos chegou-se a um número de 200 mil pessoas desaparecidas por ano. Dessas, 40 mil eram crianças e adolescentes. Além da dor de ter um parente que sumiu, a família precisa lidar com a ineficiência do Estado em relação ao problema. O desaparecimento não é considerado por si só um crime, então é feito apenas o boletim de ocorrência e, se houver o indicio de algum delito, o desaparecimento passa a ser investigado. Mesmo com a lei que obriga que casos de adolescentes e crianças sejam investigados o que ocorre é que a polícia só investiga realmente desparecimentos de crianças com menos de 12 anos. Outro ponto é que há uma crença que só pode procurar a polícia 48 horas depois, um equívoco: as horas iniciais são cruciais para achar a pessoa. Porém, o maior problema é a falta de um banco de dados integrados. Quando uma pessoa desaparece ela pode surgir em um outro boletim de ocorrência que trata sobre um homicídio. Como os dados não são cruzados, as autoridades que estão investigando o desaparecimento não sabem que a pessoa foi vítima de homicídio. Em 2010 o governo lançou o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desparecidos, que visa ser um banco de dados capaz de auxiliar nos casos. Contundo, o site não teve grande adesão. Diante do exposto, para a resolução do problema é necessário um aperfeiçoamento do sistema policial brasileiro. A polícia passaria por uma espécie de curso de reciclagem onde seriam orientados por meio de palestras e aulas a como agirem nas investigações, principalmente nas horas iniciais ao desaparecimento. Além disso, eles seriam orientados a inserirem todo caso em questão no banco de dados que já existe. A sociedade seria conscientizada a partir de propagandas difundidas nos meios de comunicação que orientariam como agir diante ao sumiço de algum conhecido.