Dor, esperança, sofrimento e desespero. Esses são alguns dos sentimentos das mães/família que enfrentam o forte drama de crianças desaparecidas no Brasil. Embora uma parcela da população que nunca tenha passado por isso ignore essa situação, os números de crianças desaparecidas é algo que cresce de forma vertiginosa, não fazendo distinção de raça ou classe social. Em primeira análise, é crucial refletir sobre o papel fundamental da família na vida da criança, visto que de acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública do país, com intuito de tentar averiguar os principais fatores que corroboram para essa situação, cerca de 53% das crianças e adolescentes que desparecem têm dados relacionados com encontros marcados pela internet. Ainda dentro desse estudo, 63% eram menores de idade e não conheciam pessoalmente a outra pessoa, facilitando assim os crimes a serem cometidos. Com base nisso, é fácil perceber que por não terem o senso crítico formado e pela falta de experiência, o público juvenil é presa fundamental para pessoas de má fé. Em circunstância com o que foi exposto, é louvável que família se faça presente e estabeleça o diálogo com o filho, a fim de proteger e evitar situações semelhantes. Ademais, embora haja setores que cuidam dessa problemática, como o Cadastro Nacional de Criança e Adolescentes Desaparecidos, plataforma que faz cadastratos online, é preciso reconhecer que existe uma brecha na segurança pública, posto que uma pessoa só é tida como desaparecida depois de quarenta e oito horas, tempo esse que não deveria ser ignorado,pois nesse intervalo de tempo seria primordial para ajudar no solucionamento do crime,já que as buscas poderiam ser feitas como lugares e pessoas que a vítima manteve contato, e assim, não ter mais impasses que dificultassem o atual abismo. Em consonância, o Estado precisa rever à aplicabilidade das leis para o bem de toda população. Visando atenuar o impasse, cabe ao Poder Judiciário em parceria com o Ministério da Segurança fazerem estudos sobre falhas relacionadas à aplicabilidade das leis, tendo como objetivo a reformulação da mesma, dando ênfase em facilitar as denuncias de casos de desaparecimento, por isso, faz-se necessário que para qualquer pessoa que tenha sua rotina quebrada e, que não dê notícias, possa ser tido como desaparecido, visando trabalhar ao favor do tempo e não contra ele, para que partir disso, já comecem o processo de buscas, a fim de resolver a problemática. Às escolas, destina-se o papel de promover rodas de conversas por meio de debates com pais e filhos, alertando-os sobre os riscos do uso da internet com pessoas estranhas. Aliado a isso, obterá a consequência de amenização do problema.