Comunicação instantânea, possibilidade de conversar à distância, são exemplos benéficos das redes sociais, que nasceram no limiar do século XXI. Entretanto, mais recentemente, tornou-se comum deparar-se com discursos de ódio nos comentários e publicações dessas plataformas, fato, este, desagradável, que configura-se, muitas vezes, em crime. Nesse contexto, observa-se que a problemática não só ocorre pela sensação de anonimato, mas também pela aparente impunidade. Em primeiro lugar, é preciso mencionar que a liberdade na criação dos perfis na internet, oferece uma sensação de anonimato. Não mais que um endereço eletrônico, por exemplo, é necessário para criar um perfil, no grande Facebook - pioneiro no ramo das redes sociais, com possibilidade de usar o nome que quiser. Nesse sentido, muitas pessoas aproveitam dessa liberdade para cometer atrocidades, como racismo, xenofobia, homofobia e outras formas de incitação ao ódio. Outrossim, é notório que a visível impunidade age como um impulsionador da problemática. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, apenas 28% dos processos, a cada ano, têm solução definitiva no Brasil. Com isso em mente, percebe-se que devido ao baixo percentual de casos resolvidos, que ainda é menor para crimes virtuais, por causa da dificuldade de identificação do suspeito, o ódio nessas comunidades tomam um proporção grande, que fere não só a constituição, mas a dignidade da vítima, que vê-se, muitas vezes, constrangida. Torna-se evidente, portanto, que o crime de ódio nas redes sociais é um problema gravíssimo. Para que isso mude, faz-se que o Ministério Público junto às empresas que operam essas redes, promovam uma integração direta, entre os mecanismos de denúncia dentro dessas comunidades à polícia, a partir de um algorítimo que leve em conta a opção da vítima de denunciar ou não, para garantir que esses crimes cheguem ao conhecimento da justiça. Assim, no futuro, será possível desfrutar de um ambiente mais seguro na internet.