De acordo com a Constituição de 1988, todos são livres para expressar suas ideias e opiniões. No entanto, existem pessoas que fazem da liberdade de expressão uma justificativa para disseminar o ódio de forma anônima por veículos de comunicação de amplo alcance como a internet. Assim, cabe ao Estado medidas para que o discurso de ódio em redes sociais na esfera brasileira seja mitigado. Na concepção errônea de muitas pessoas, a liberdade de expressão prevista na constituição dá o direito de propagar qualquer opinião sem repressão alguma. Porém, é necessário lembrar que, acima disso, deve existir o respeito ao próximo. O direito de um indivíduo a expor seus pensamentos termina quando ele denigre, desrespeita ou ataca outro indivíduo ou grupo social. Ademais, o anonimato na internet é outra ferramenta utilizada para espalhar o discurso de ódio. Segundo o sociólogo Durkheim, o fenômeno do fato social é uma maneira de agir dotada de coercitividade, exterioridade e generalidade. Seguindo essa linha de raciocínio, comumente são encontradas pessoas que atacam em grupos na internet devido ao sentimento de segurança e de impunidade. Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. O Ministério da Justiça deve atuar contra grupos ou indivíduos que espalham discurso de ódio na internet com monitoramento e prisões para que se desestimule a ação de outros crimes virtuais. Outrossim, o poder público, junto com a mídia, deve abordar em programas de TV e novelas, a temática do discurso de ódio e do anonimato na internet para informar a população sobre esse problema tão difundido na sociedade brasileira. Desse modo, os crimes virtuais serão desestimulados e, consequentemente suas ocorrências irão diminuir.