A Era Tecnológica trouxe ao mundo as redes sociais: âmbito da internet disponível para relações interpessoais. Todavia, esse panorama, ao contrário do objetivo proposto, tem se tornado um meio de ataques e xingamentos agressivos a diversos grupos. Com efeito,nota-se que o discurso de ódio online tem crescido aceleradamente em virtude da anonimidade que pressupõe as redes sociais. Dessa forma, com intuito de solucionar essa problemática, faz-se necessário ressaltar a impunidade dos indivíduos que disseminam intolerância e o preconceito enfrentado por grupos minoritários. Em uma primeira análise, salienta-se a falta de atuação estatal em reprimir essas atitudes. A esse respeito, segundo o filósofo inglês Thomas Hobbes, a essência humana é má, cabe, pois, ao Leviatã - Governo forte -, controlar o estado de natureza - selvagem, individualista e insensível - dos cidadãos. Mediante isso, ao observar o aumento desses discursos cruéis nas redes sociais, é possível destacar sua principal causa como sendo a negligência governamental, o que, infelizmente, torna essa prática um clico interminável. Isto é, à medida que o Estado se omite de suas obrigações, essa grave tendência se dissemina. Dessa maneira, objetivando alcançar o proposto por Hobbes, a ação estratégica do poder público é de suma importância. Por outro lado, vale realçar o preconceito e a intolerância sofridos pelas minorias como uma das principais razões para a crescente dessa conduta. Nesse viés, de acordo com o sociólogo francês Pierre Bourdieu, certas culturas se estruturaram inferiorizando e descriminando outras, estabelecendo, assim, uma relação de violência simbólica, caracterizada pela constante marginalização dos indivíduos que não detinham poder. Em virtude disso, a atitude de ódio online exemplifica apenas um desdobramento dos inúmeros desrespeitos que esses grupos enfrentam diariamente, pelo simples fato de serem quem são. Dessarte, na medida em que os discursos de ódio ganham proporção, como as vistas atualmente, é evidente a necessidade de mudanças não só comportamentais mas também estruturais. É notória, portanto, a urgência de medidas serem tomadas com o objetivo de mitigar esse impasse. Desse modo, cabe à Mídia divulgar ideais contra o preconceito às minorias, por meio de propagandas e anúncios televisivos, que, com sociólogos e filósofos, sejam transmitidos na TV aberta em horários e maior audiência, a fim de garantir a essa parcela da população dignidade. Além disso, o Governo Legislativo deve formular leis que proíbam essa prática. Talvez, com essas medidas, seja possível construir um país pacífico.