Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 07/09/2018

O artigo 5º da Constituição Brasileira de 1988 denota a liberdade de expressão como um dos pilares de um governo democrático. Entretanto, muitos esquecem-se que a convivência com o diferente é um dos ideais desse regime. Assim, com o advento das redes sociais, percebe-se uma amplificação dos discursos de ódio, compartilhados através do suposto anonimato e do poder que o ciberespaço tem de reunir indivíduos com as mesmas ideologias. Assim, é necessário analisar as problemáticas que envolvem esses pontos. Em primeiro lugar, é válido considerar que a sensação de anonimato motiva muitos movimentos de ódio. Isto é, a criação de perfis falsos acaba por deixar o indivíduo em uma situação aparentemente confortável no que tange à localização de sua identidade. Assim, cresce a reprodução imprudente de manifestações racistas e intolerantes, visto que o odiador aproveita-se do trabalhoso processo punitivo derivado desse descarte de contas falsas. De acordo com a safernet, ong que capta reclamações, das mais de mil denúncias diárias, grande parte exige um investigação minuciosa perante esses perfis fakes. Ademais, o espaço virtual acaba atraindo pessoas que compartilham da mesma ideologia. Sobre esse poder de atração, Sigmund Freud, o pai da psicanalise, concluiu que os indivíduos, muitas vezes, reproduzem discursos de forma acrítica pelo simples fato de se sentirem pertencentes àquele grupo. Desse modo, o algoritmo presente nas redes sociais cria páginas em que o internauta só consome ideais do seu próprio grupo, o induzindo a reforçar àquela ideia, intensificando movimentos discriminatórios, de forma que a popularização da comunidade acaba por legitimar, entre eles, a máxima de que aquele posicionamento é legítimo. Destarte, fica claro que o espaço virtual encoraja e dissemina, mais facilmente, ideologias de intolerância. Para conter tal avanço, pode haver um trabalho conjunto entre o Ministério da Justiça e os setores de inteligências das grandes redes sociais, de modo que sejam criadas comissões com a participação de membros do judiciário e dos sites, selecionando grupos de ambas as partes, para que as informações necessárias sejam repassadas mais facilmente. A mídia, por sua vez, pode discutir o poder desses algoritmos em programas de dabates, alertando e conscientizando a população. Só assim faremos, como na democracia, uma sociedade de todos, para todos e por todos.