Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 13/08/2018

O período ditatorial no Brasil foi marcado pela ausência de liberdade de expressão, sob vigilância militar, o que oprimia a população. De forma paradoxal a essa vertente, o discurso de ódio na internet e seus fatores motivadores trazem à tona o sentimento de opressão, haja visto o uso intensivo dessa faceta tecnológica atual.Nesse contexto caótico, é necessário avaliar os desdobramentos sociais e políticos que impulsionam esse conturbado cenário. Em primeiro plano, o preconceito associado ao anonimato das redes sociais propicia tais discursos.Nesse panorama, segundo o Jurista Norberto Nobbio, em "O elogio à serenidade", o preconceito é uma generalização superficial que não passa pela análise do raciocínio. Nesse âmbito, o status anônimo fornece uma pseudolibertinagem que impulsiona demonstrações de textos de ódio causando o caos.Nesse ângulo, o saldo dessa fermentação é catalisada pela falta de conhecimento acerca da verdadeira liberdade de expressão alicerçada na ética. Isso é comprovado por dados do site O Globo, dos quais demonstram que em três meses foram publicados no Brasil cerca de 320.000 discursos de ódio na internet evidenciando, assim, as consequências da problemática. Além desse fator, incipiências políticas também fornecem subterfúgios para a questão. No polinômio do discurso de ódio e seus fatores principiadores a impunidade torna-se um multiplicador que potencializa esse subversivo quadro. Nesse prisma, o quinto artigo da Constituição de 1988- que protege os cidadãos contra a discriminação- é violado por uma retroalimentação protagonizada pela ausência de medidas punitivas. Dessa maneira, parcelas sociais sofrerão preconceitos porque a falta de ações de combate acabam por banalizar o cenário hordieno e o adequar às facetas comportamentais equívocas em questão. Esse sistema corrobora com atos transgressores e sua continuidade que acabam por ferir a alteridade brasileira. Destarte tais fatores, urge que o Ministério da Educação estipule nas escolas aulas semanais sobre ética nas redes sociais. Tais aulas devem ser ministradas acentuando conceitos práticos da cyberética, de modo descontraído, com auxilio de construções de textos-exemplo em aula, a fim de que os fatores impulsionadores sejam atenuados. Em consonância, o Ministério da Justiça deve elaborar um programa que reconheça palavras de ódio concatenadas em um texto e alerte os usuários dos possíveis danos da publicação. Além disso, o MJ deve alertar, sob embasamento constitucional, que contas podem ser excluídas e usuários punidos por tal crime. Dessa forma, essa caótica ditadura do ódio será gradativamente minimizada da cultura brasileira.