Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 12/08/2018

Durante o período da colonização do Brasil, os portugueses chocaram-se com as divergências entre o povo europeu e os índios presentes no território e, por tomar a cultura indígena como errônea, impuseram os costumes de Portugal sobre os indígenas forçadamente. Hodiernamente, tal premissa assemelha-se com a situação vivida pelos cidadãos brasileiros, haja vista que as redes sociais se tornaram um meio para disseminar a selvageria e preconceito, impulsionados pelo etnocentrismo exacerbado, dilapidação da saúde mental das vítimas desse contratempo e na normalização dessa problemática. É indubitável que grande parte dos aplicativos de socialização estão permeados por comentários de cunho discriminatório, os quais são intensificados por ideais pejorativos acerca da escolaridade, cor, religião e outros fatores. Dessa maneira, tal comportamento é pautado no etnocentrismo, um conceito sociológico que se baseia no ato de posicionar determinada cultura, etnia ou nacionalidade como superior às demais. Logo, as pessoas se beneficiam do anonimato da Internet para difundirem as suas convicções preconceituosas. Vinculada a essa concepção, é possível verificar que essa fúria disseminada nas redes sociais causa a perda da autoestima e prejuízo do bem-estar mental das vítimas. Nesse sentido, com os ataques caóticos e diários em seus perfis sociais, essas pessoas podem desenvolver transtornos mentais, em prol da intoxicação provocada pelo ódio humano. Assim, apesar de a Constituição Federal decretar a igualdade entre todos, esses alvos se sentem imponentes na sociedade, pela falta de leis que cessar essa situação temerosa na web. Sob essa ótica, é importante ressaltar que a falta de empoderamento social contra esses agressores gera a agravação desse contratempo, já que não há obstáculos que os impedem de praticarem tais ações. Nessa perspectiva, conforme enfatiza Martin Luther King, “A injustiça em qualquer lugar é uma ameaça à justiça em todo lugar”, logo, é perceptível que a o descaso acerca dessa adversidade auxilia na arquitetação de uma “cultura do ódio e preconceito”. Tendo tudo isso em mente, é imprescindível que haja uma intervenção governamental, em parceiria com o Ministério da Educação, mediante a elaboração e cumprimento severo de leis que visem erradicar o comportamento discriminatório nas redes sociais. Além disso, é vital que as escolas elaborem aulas e palestras expositivas, que visem lecionar acerca dos malefícios da difusão do ódio e estabelecer ideais de harmonia e respeito. Dessa forma, será possível o distanciamento dos padrões temerosos que o Brasil foi submetido outrora.