Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 01/08/2018

A Constituição Federal Brasileira - promulgada em 1988- assegura a todos os indivíduos o direito à livre manifestação do pensamento, expresso no artigo 15º. Todavia, as manifestações dos discursos de ódios na internet inferem na concretização de tais preceitos no Brasil contemporâneo. Nesse contexto, não há dúvidas de que a problemática apresenta uma incapacidade de coexistir ao sentimento alheio, necessitando compreender a natureza dos acontecimentos vigentes e, portanto, aprofundar as implicações políticas em razão da liberdade de expressão. Em primeiro lugar, cabe ressaltar os impactos gerados pelo efeito da cultura de ódio nas comunidades virtuais. Tais fatores, englobados ao universo em rede, à medida que a inclusão digital proporcionou o encurtamento dos meios de comunicação, tornaram-se relevantes em frente da negligência provocada pelos discursos de ódio e anonimato. Nesse sentido, o abuso da liberdade de expressão tornou-se um fator de reconhecimento nas redes sociais, haja vista a subordinação da manifestação do livre arbítrio, que resulta na persistência da manifestação preconceituosa e intolerante que atingem às diversas camadas e grupos sociais. Dessa forma, quando o Estado implica leis para a averiguação de direitos em virtude da abolição de negligências que ferem os Direitos Humanos, não está limitando o direito ao exprimir-se, mas impondo regras aos transgressores. Ademais, é necessário perceber, como dizia o dramaturgo Victor Hugo, que, tudo quanto aumenta a liberdade, aumenta a responsabilidade. De fato, possuir a virtude de expressar as críticas, antes oprimidas pelo histórico deturpador imposto pelo Regime Militar, é um direito de qualquer indivíduo; porém, sem inferir injurias de ordem preconceituosa. Assim, visto o panorama divulgado pelo projeto “Comunica que Muda”, redes sociais como o Facebook apresentam a maior taxa de publicações intolerantes no universo virtual, minimizando a troca de ideias entre os usuários e anexando no lugar da autonomia comunicativa injúrias à religiosidade, gênero, filiação política e orientação sexual. Sendo assim, conhecer a legislação é fundamental para compreender o direito à liberdade e, portanto, respeitar das visões díspares. Dessarte, visando estabelecer uma sociedade mais tolerante, é mister superar os desafios impostos pela cultura de ódio e aprofundar os conhecimentos humanos em virtude da liberdade de expressão. Para que isso ocorra, cabe ao MEC (Ministério da Educação) articular projetos e inseri-los no ensino escolar, de modo a abordar sobre a diversidade de opiniões, como também a importância da tolerância. Ademais, com o intuito de impor medidas rígidas em virtude da articulação de injúrias em anonimato nas redes comunicativas, cabe ao Poder Legislativo articular diretrizes para a investigação dos perfis dos infratores, punindo-os como demanda a legislação brasileira. Dessa forma, a sociedade se tornará livre da indignação proferida pelos discursos de ódio.