Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 05/06/2018

Apesar de a Constituição da República, no Brasil contemporâneo, assegurar o direito a liberdade de expressão, sendo vedado o anonimato e restringido os casos em que ferem direitos de terceiros, persistem, com incidência significativa os discursos de ódio nas rede sociais e os casos de intolerância.Destarte, é imperativo que se assegure esse direito fundamental, por meio da assimilação de valores e do maior controle dessas manifestações.Nesse sentido, é irrefutável que ocorra uma remodelação dos projetos escolares e governamentais. Com efeito, de acordo com Jean-Paul Sartre, filosofo francês, "a violência, seja qual for a forma como ela se manifesta, é sempre uma derrota". No que concerne a esse contexto, mesmo que muitos indivíduos achem justificativas para o discurso de ódio na web, com o intuito de reafirmar-se como superior ou de forma a reduzir as diferenças de outrem à exóticas, é inegável que, ratificando o posicionamento de Sartre, as manifestações de ódio são sempre perdas e necessitam de uma assimilação de valores de igualdade.Tal cenário pode ser explicado pela teoria de "anomia social" proposta pelo sociólogo Durkheim já que é bastante contraditório o fato de no ambiente digital tão propício a integração e ao aprendizado, ocorra tanta intolerância. Outrossim, a forma como esse discurso manifesta-se, nem sempre acontece de forma explícita, e isso é uma das principais causas do problema. No que tange a esse revés, tal implicatura viabiliza a manifestação anônima de alguns discursos e torna a impunidade uma consequência constante do problema, um bom exemplo disso é a questão do "cyberbuling", que pode ser definido de forma simplista, como uma ofensa digital de caráter discriminador. Em síntese, é mister buscar nas ideias de Hannah Arendt, filosofa alemã, o argumento para compreensão desse excerto, visto que ela em sua teoria de "banalidade do mal" discorre sobre os malefícios da ausência de valores na sociedade contemporânea e como os meios de comunicação tem contribuído para esse problema. Urgem, Portanto, ações sinérgicas entre a escola juntamente com o governo, a fim de estabelecerem caminhos para resolução da problemática. Para tanto, o Governo Federal deve fomentar o Congresso Nacional a criar leis que especifiquem a tipicidade do discurso de ódio em âmbito jurídico, com o intuito de aplicar punições mais rígidas àqueles que ferirem os direitos alheios, principalmente os que comprovadamente realizarem de forma velada. Ademais, a escola, por intermédio da reformulação de seu projeto educacional, deve oferecer um maior suporte psicológico aos alunos e promover em sala de aula atividades interativas que incentivem o respeito a diversidade, com o escopo de incutir valores morais aos jovens. Por fim, mediante a realização dessas ações, resta saber se a Constituição Federal será aplicada na prática.