Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 22/05/2018

A Declaração Universal dos Direitos Humanos adotada pela ONU em 1946 visa garantir a base do respeito à dignidade humana. Todavia, os frequentes discursos de ódio nas redes sociais são um entrave para a realização desses princípios no Brasil. Isso é impulsionado, principalmente, pela facilidade de anonimato através de falsos perfis juntamente com a sensação de impunidade no espaço digital. Com o advento da internet e suas facilidades de comunicação surgiu o aumento de discursos de ódio por redes como Facebook, Twitter e Instagram. O jornal O Globo registrou que cerca de 84% de mensagens que tratavam de assuntos como o racismo, orientação sexual, etnias, gênero ou condições físicas eram negativas, propagando preconceito e discriminação. Segundo o sociólogo Durkheim o indivíduo age de acordo com o que a sociedade condiciona, ou seja, existe uma indução para seguir padrões. Isto posto, quando os paradigmas não são seguidos, colaboram pra discriminações nos veículos sociais do mundo digital seja por cor da pele ou qualquer característica diferente, como aconteceu com a repórter Maria Júlia vítima de racismo na internet. Além disso, vale salientar que um dos contribuintes cruciais para os fatos supracitados persistirem é a falta de sanções eficazes dentro do ambiente virtual para pessoas que cometem tais ações, pois fora da internet muitas dessas ações são consideradas crime e dentro dela não são vistas assim. Outro ponto que ajuda a expandir esse ódio são os perfis falsos que preservam a identidade do indivíduo, dificultando assim,o processo para inibir o problema. Assim sendo, cabe ao Ministério da Justiça criar centros de investigação especializados em crimes virtuais, a fim de minimizar as ocorrências e evitar a impunidade através de sanções eficazes. Ademais, compete ao Ministério da Cultura promover campanhas midiáticas socioeducativas trabalhando a diversidade com o intuito de condicionar a sociedade a "quebrar padrões" e a aceitar as diferenças, pois assim o pensamento de Durkheim será utilizado para construir uma nação livre de intolerâncias.