Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 04/05/2018

Os avanços tecnológicos permitiram uma revolução na interação e na comunicação entre as pessoas, independentemente da distância e até mesmo da renda. Contudo, o ônus da tecnologia revelou-se em diversas formas de violência, principalmente relacionado ao discurso de ódio em redes sociais. Uma pesquisa realizada pelo Projeto Comunica que Muda, mostrou que 84% das mensagens ou textos sobre temas sensíveis tinham uma abordagem negativa. A Constituição Federal é clara ao garantir a proteção a direitos fundamentais do ser humano, como liberdade de expressão e igualdade perante a lei. Entretanto, quando se trata da internet, as pessoas sentem-se mais encorajadas a postar comentários intolerantes e difamatórios contra outrem; talvez pela possibilidade de anonimato ou morosidade da justiça em relação a crimes virtuais. Logo, torna-se uma forma mais fácil de externar um preconceito que, normalmente, ficaria abafado pela moralidade social, além de receber legitimação de outras pessoas que compactuam com a situação, estimulando mais práticas similares, o que culmina em um ciclo de disseminação do ódio. Ao se pensar nos fatores que podem despertar o discurso de ódio, é preciso entender o quanto os padrões sociais influenciam. Dessa forma, tudo que destoa da aceitação social implica em possíveis motivações de preconceito, como a homoafetividade, a etnia e a aparência física. Assim, a “onda” de perseguições e insultos virtuais tem prejudicado a vida de inúmeras pessoas, incitando, em casos extremos até o suicídio. Um exemplo foi o caso da jornalista Maju que recebeu ataques racistas na página no Facebook do Jornal Nacional, simplesmente por ela ser negra. O discurso de ódio é, portanto, uma manifestação de intolerância às diferenças, sendo a internet o principal veículo de sua propagação. Sendo assim, cabe às corporativas responsáveis pelas redes sociais elaborar mecanismos de denúncia, além de contratar funcionários para monitorar as postagens irregulares e retirá-las de circulação. A partir disso, as vítimas teriam um sistema rápido e eficiente para recorrerem em um primeiro momento. Ademais, o Ministério da Justiça poderia criar delegacias e centros de investigação especializados em crimes virtuais, a fim de minimizar as ocorrências e evitar a impunidade. Por fim, compete à mídia promover campanhas socioeducativas na TV, com o intuito de alertar a população quanto à reprodução de imagens e textos associados ao discurso de ódio e, com isso, reduzir a sua disseminação.