Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 23/04/2018

Desde o Iluminismo, já sabemos ou deveríamos saber que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o discurso de ódio e anonimato nas redes sociais no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista é constado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste ligada à realidade do país, seja pela liberdade de expressão, seja por perfis anônimos. Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. ‘Não concordo com nenhuma palavra do que dizes, mas defenderei até morrer o teu direito de dizê-la’, frase atribuída a Voltaire iluminista Francês. A liberdade de expressão deve ser em geral irrestrita, pois se houver limites não existirá liberdade de fato. Em contrapartida o direito de se expressar livremente não inclui a possibilidade de ofender. De maneira análoga, é possível perceber que no Brasil, o discurso de ódio nas redes sociais rompe essa harmonia, haja vista que, nesse meio de comunicação, reafirma-se o preconceito que as pessoas já têm sobre racismo e homofobia como exemplo. Outrossim, destaca-se o anonimato como impulsionador do problema. Devido ao fato de não serem identificados, os usuários distribuem ofensas sem pudor na internet para atingir geralmente um grupo especifico. Segundo um levantamento realizado pelo projeto Comunica que Muda, 393,284 menções foram realizadas e 84% delas era de exposição do preconceito e a discriminação, sendo assim reafirmando que anônimos em redes sociais contribuem com ofensas aos demais gêneros e condições de um indivíduo que não o agrada. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Nesse sentido, propõem-se que o indivíduo ofendido em publicações deve fazer um boletim de ocorrência em uma delegacia especializada em crimes virtuais e o Estado, por sua vez, deve criar leis mais severas para esse tipo de crime, a fim de acabar com a sensação de impunidade do autor. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir nas escolas palestras ministradas por psicólogos,que discutam sobre a liberdade de expressão, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da caverna de Platão.