O Iluminismo do século XVIII prega a "liberdade, igualdade e fraternidade". Contudo, os discursos agressivos entre os internautas desvirtuam tal princípio e elucidam um obstáculo a ser enfrentado de maneira mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, cabe analisar as causas nos dias atuais. A princípio, vale ressaltar o reflexo da violência social no ambiente tecnológico como fator contribuinte. O sociólogo Émile Durkheim alega que o indivíduo é fruto do cenário em que vive e, nesse caso, transfere a realidade caótica do Brasil para as redes sociais, como Facebook, Twitter e Instagram. Logo, é inadmissível que o maior legado de um Estado democrático aos cidadãos seja a hostilidade e o negativo exemplo às gerações futuras. Ademais, a questão da dificuldade em lidar com as diferenças agrava o quadro. A pluralidade do país no campo religioso, político, social e cultural desperta o desconforto em muitas pessoas, as quais visam na perseguição o caminho viável para a resolução do incômodo. Evidencia-se, desse modo, os alarmantes ataques excludentes na internet que infringem os direitos à vida e à autonomia, os mais básicos do ser humano, e o desperdício em aproveitar a esfera do conhecimento proporcionada pelos fluxos da informação. O Governo Federal, portanto, pode realizar uma campanha publicitária a fim de propagar o respeito e a relação harmônica nos veículos de comunicação. Para isso, é pertinente que a ação ocorra durante um mês nos canais abertos de televisão e com conteúdo acessível a todos os públicos. Somente, assim, será revertido o desafio e efetivada a afirmativa do Século das Luzes.