Como citado pelo filósofo inglês Herbert Spencer, "A liberdade de um termina onde começa a do outro". Isto é, existe uma linha tênue entre a liberdade de expressão e o discurso de ódio, entretanto, no Brasil, essa diferença não está sendo respeitada. Diversas pessoas, por meio de postagens e compartilhamentos nas redes sociais, propagam uma cultura de intolerância pelo outro, muitas vezes, encobertas pelo anonimato. Primeiramente, vivemos em uma sociedade marcada por homofobia, machismo, preconceito racial e religioso, além da ocorrência do cyberbullying. Nesse contexto, a internet é utilizada para difundir essa discriminação e incentivar a violência contra aquelas pessoas que não fazem parte do "padrão social" estabelecido pela comunidade. Um exemplo disso foi o sucedido com a cantora Ludmilla, que recebeu comentários ofensivos no seu perfil do Instagram, em que foi chamada de crioula, nojenta e feiosa. Casos como o apontado acima acontecem a todo momento e com qualquer tipo de pessoa. Isso ocorre por causa da facilidade em criar perfis falsos nas estruturas online, como Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, no qual os indivíduos sentem-se protegidos e, consequentemente, destemidos para realizar comentários que firam os direitos de outros usuários. Estes, por sua vez, podem acabar respondendo de maneira agressiva também, reproduzindo-se, gradativamente, mais manifestações de raiva. Baseado nos argumentos apresentados, percebe-se que novas medidas devem ser feitas. Cabe ao Poder Executivo realizar campanhas na televisão e nas redes sociais, incentivando o respeito a todos tal como prevê a Constituição, colocando um número de telefone para o qual se deve ligar em caso de denúncia de algum comentário hostil nas redes sociais, a fim de que um departamento da polícia fique responsável pelo desativamento das contas dos acusados. Assim, as pessoas saberão o limite do que expressão na internet, diminuindo o discurso de ódio.