Em 20.000 Léguas Submarinas, Júlio Verne vislumbrou, há mais de 100 anos, um mundo imerso em evolução e tecnologia. A sociedade, no entanto, usufrui de tais evoluções tecnológicas de modo errôneo ao burlar os verdadeiros princípios do sistema de comunicação garantido pelas redes sociais. Destarte, a persistência dos discursos de ódio nos meios virtuais constrói-se por meio motivação política e social, haja vista o desinteresse histórico em assegurar o conhecimento das leis pela população e a constante disseminação de preconceitos que contribuiram negativamente coma sociedade, respectivamente. Em uma primeira análise, sob ótica política, a falta de conhecimento da população acerca das leis de expressão e seus limites apresenta-se como principal fator motivado pelo governo para a continuação de discursos de discursos de ódio nas redes sociais. Esse fato pode ser explicado a partir das várias mensagens de encontradas e que demonstram notório preconceito, mas são vistas como direito de opinião garantido pela lei, muitas vezes interpretada incorretamente, assim como nesse caso. Nesse sentido, a premissa ideológica de Buckminster Fuller afirma que a humanidade está adquirindo toda a tecnologia certa por todas as razões erradas. Dessa forma, essa realidade desconstrói de modo marcante o cenário de otimismo, que outrora Júlio Verne, projetou para o tempo futuro, fazendo-se necessário rever a relação do Estado e população em diversas esferas. Ademais, em um segundo plano, a compactuação da sociedade com os preconceitos históricos relaciona-se diretamente com os discursos de ódio nas redes sociais, visto que acastela o esfacelamento das mínimas condições de convívio harmônico entre os indivíduos. Essa relação fundamenta-se no profundo individualismo e desconstrução ética interpenetrados na cultura internacional, além do anonimato opcional dos mecanismos de comunicação. Nessa perspectiva, Albert Einstein defende a ideologia de que a tecnologia ultrapassou a humanidade e conclusões atuais asseguram que essa tese se afirma em todos os sentidos. Dessa maneira, reconstruir valores e concepções da população mundial mostra-se fundamental. O precário conhecimento da lei que garante a liberdade de expressão por parte da população mundial e a disseminação de preconceitos históricos são, portanto, fatores impulsionadores do discurso de ódio nas redes sociais. Com o intuito de impedir a permanência desses atos ilegais no espaço virtual de comunicação, os Poderes Executivos Federais de todos os países, sob forma de Ministérios da Educação devem investir em maiores conhecimentos acerca das leis que garantem a liberdade expressão, a partir da instauração de ensino básico das leis nas grades curriculares, palestras em escolas, teatros com ingressos gratuitos e massificação, por meio de subsídios. Assim, redesenhar-se-á um futuro em que os princípios dos avanços tecnológicos serão devidamente acertados e as redes virtuais corretamente utilizadas.