Título da redação:

Liberdade ou libertinagem: até onde se pode ir nas redes sociais?

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 28/12/2017

Com o a popularização da internet, mais e mais pessoas tem acesso a rede mundial de computadores e utilizam desse novo recurso para expor suas opiniões, ideias e modos de vida. Com isso, tornou-se comum encontrar nas redes sociais comentaristas de todo tipo de notícia, especialistas dos mais diversos assuntos e bajuladores de todo tipo de pessoa. E claro, como não podia deixar de ser, existem também os críticos ferrenhos, que muitas vezes perdem o limiar entre a opinião e a ofensa. Liberdade de expressão é um direito de todos. Todos podem falar o que pensam e expor suas opiniões, mas essa liberdade nunca pode ultrapassar o limite do respeito ao próximo. Casos de racismo, homofobia, xenofobia e machismo são crescentes nas redes sociais, onde os agressores se sentem seguros e intangíveis, falando o que bem entendem por trás de uma tela de computador. Mas graças aos serviços de inteligência da polícia, esses agressores podem hoje ser rastreados, identificados e punidos pelas ofensas que disparam a suas vítimas. Um caso de racismo explícito nas redes sociais deu o que falar nos últimos meses aqui no Brasil. A linda e inocente Titi, uma criança africana adotada pelos atores globais Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank, foi alvo de críticas pesadas por seu tom de pele, sendo até comparada com um macaco. Essas ofensas descabidas e preconceituosas a uma criança, foram recebidas com muito desagrado pelos seus pais, que denunciaram a agressora a polícia. Agora, ela responderá pelo crime de racismo, mesmo que este tenha sido realizado virtualmente. Pelo fato dos atores serem conhecidos nacionalmente, o caso ganhou repercussão nacional. Porém, dia após dia, muitas outras pessoas são vítimas de preconceito pelo seu físico, pelas suas escolhas ou pelas suas ideias. Mas infelizmente, nem todas elas denunciam seus agressores ou não veem a punição adequada a quem lhes ofende sem motivo. Casos de suicídio já ocorreram em situações em que a vítima não suportou as críticas e ofensas que lhe foram direcionadas. Este cenário de ódio e violência virtual não pode virar rotina. As redes sociais não são campos de guerra, onde tudo é permitido em nome de um ideal. Punições severas e efetivas devem ser realizadas a esses agressores. Além disso, ensinar as crianças desde cedo a respeitar as opiniões e diferenças alheias é essencial para que haja uma redução nos casos de preconceitos virtuais em médio e longo prazo. Só assim poderemos utilizar as redes sociais para a finalidade para qual foram criadas, conectar e aproximar pessoas.