No mundo, os alicerces da democracia remontam a Grécia antiga, com a existência das ágoras, lugares públicos abertos a discursos sobre o curso das cidades, essencial para a ampla participação da população e para o desenvolvimento. Nesse sentido, até os dias atuais, a democracia surge como uma forma de governo amplamente utilizada, processo que tem o povo como principal agente transformador, escolhendo os seus representantes de acordo com as suas demandas. Logo, é preciso garantir amplo acesso ao processo democrático, estimulando nas pessoas um senso crítico e o ideal de fiscalizar políticos eleitos. Para o filósofo inglês Thomas Hobbes, ao estabelecer o contrato social, o homem abre mão de sua total liberdade em prol de uma vida em sociedade organizada, depositando no governante o dever de garantir os direitos previstos em constituição. Por conseguinte, escolher de forma correta os governantes é dever da população, havendo a necessidade de um senso crítico sobre os candidatos, buscando dar poder aos mais corretos de acordo com as necessidades do país. Dessa forma, informar e estimular a pesquisa é necessário para garantir o correto funcionamento da democracia. Outrossim, além do voto consciente, fiscalizar os políticos eleitos é inerente para as transformações sociais que o Brasil precisa. Em muitos casos, os representantes escolhidos abusam do poder e prejudicam o país, como no escândalo do mensalão, no qual foi comprovado o desvio de milhões de reais do dinheiro público, segundo o site Globo, comprovando a importância da fiscalização, papel que deve ser exercido pela população em paralelo com as grandes mídias. Ademais, é dever dos órgãos públicos punir de forma rígida aqueles que ferem o preceito democrático. Infere-se, portanto, que as mídias e o Estado cooperem para promover as transformações sociais necessárias por meio do voto. É papel de mídias como rádio e televisão, por meio de propagandas e debates sobre o tema, salientar a importância do voto consciente, estimulando a pesquisa sobre candidatos e suas propostas, além de demostrar possíveis meios de fiscalização, como o portal da transparência, visando uma escolha correta por parte do eleitor, com o intuito de eleger aqueles que atendem as principais necessidades do país. Além disso, é dever do Estado, em paralelo, fiscalizar e punir os corruptos, buscando diminuir com os casos de corrupção e, consequentemente, melhorar o país. Assim, o alcance e eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que o contrato social traduzido por Hobbes ocorra de forma viva, ética e efetiva.