Parafraseando a filósofa Marilena Chauí, a política é o modo pelo qual a sociedade decide em comum para aprovar ações que dizem respeito a todos os seus membros. Assim, o voto – direito conquistado, no Brasil, de forma plena com a Constituição de 1988 - é uma importante ferramenta para manifestar opiniões, reiterar objetivos e escolher o melhor para a maioria. Nesse viés, é notória a evolução da representatividade e da importância do voto em uma sociedade, de forma que no período da República Velha prevalecia o direito de voto apenas das oligarquias e o chamado “Voto Cabresto”, desse modo as conquistas favoreciam a menor parte da população. No entanto, com a Constituição de 1988, todos têm o direito de votar, decidir e lutar pelos seus ideais. Isso permitiu que políticos de origem humilde, como o ex-presidente Lula, representasse e fizesse parte da cúpula dos dirigentes, papel que antes era composto só por representantes da elite. Além disso, convém acrescentar que o voto é um modo de manifestar e reivindicar transformações sociais no país. Exemplo disso está nas manifestações das “Diretas Já” apoiadas pelo maior grupo de jovens estudantes, a UNE – União Nacional de Estudantes, com o objetivo de que as escolhas políticas fossem feitas pelo povo para um bem comum sem privilégios e exclusões sociais e ideológicas. Dessa forma, a população estava ciente e convicta que seria pelo voto a melhor escolha dos representantes para governar o país com os objetivos da maior parte da sociedade. É importante, portanto, que a política seja voltada para um bem comum à população, sendo conquistada por meio do voto. Para isso, é necessário que o Governo Federal disponibilize verbas de impostos para a Educação e que o Ministério da Educação invista essas verbas em oficinas nas escolas com o objetivo de mostrar a Carta Magna e falar sobre a conquista do direito de votar para que as crianças cresçam aprendendo e valorizando o modo mais justo e pacífico de promover transformações sociais no Brasil.