Segundo Paulo Freire, filósofo e pedagogo brasileiro, se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda. Analisando pensamento e relacionando-o as mudanças sociais necessárias no Brasil, percebe-se que o voto configura-se um imprescindível instrumento político de transformação social. Nesse sentido, convém analisarmos as principais soluções desse impasse no país. Em primeira análise, é relevante pautar que o direito ao sufrágio é uma conquista da sociedade brasileira, haja vista segundo a Constituição Federal de 1988, o voto é a manifestação dos cidadãos tendente à escolha de seus representantes. Sob tal conjuntura, observa-se que o voto como meio de mudança social nos permite refletir, analisar as melhores propostas, discernir os interesses imediatistas e assim optar dignamente. Em segundo instante, é cabível enfatizar que a função educadora da escola mostra-se essencial na formação de valores fundamentais à democracia. Nessa perspectiva, a filosofia de Paulo Freire faz-se relevante quando observa-se que muitos tem suas escolhas políticas manipuladas por dependerem direta ou indiretamente de cargos, parcerias ou empregos ligados às autoridades governamentais. A vista de tal preceito, o sufrágio perde sua função de mudança social e corrobora a estagnação política e social do Brasil. Infere-se, assim, que a conquista do voto proporciona transformações no âmbito social. A fim de solucionar essa problemática, é necessária a mobilização de agentes como a escola. Nesse sentido, a instituição educadora deve promover o ensino da Constituição e leis básicas para a ativação de um senso político e crítico, além de incentivar o envolvimento em causas e movimentos da sociedade por meio de palestras, campanhas e workshops.