A possibilidade de eleger o governante é o maior símbolo de uma democracia. Ainda assim, esse fator por si só não é suficiente para promover mudanças sociais necessárias na atual sociedade brasileira. Dito isso, é preciso considerar outros dois conceitos para utilizar tal ferramenta democrática: o bem-comum e o diálogo. Segundo Aristóteles, o governante deve fazer justiça ao procurar o bem-comum. Além disso, a justiça precisa ser partilhável e distributiva. Dessa forma, um governo legítimo e não corrupto é aquele que busca o bem para todos em uma sociedade. Como proferido por outro filósofo grego, Platão, a dialética, isto é, o diálogo, é um dos meios de se chegar a verdade. Assim sendo, dentro do âmbito político-social o diálogo é fundamental para que os indivíduos possam descobrir o que favorece a todos. Nesse sentido se vê necessário que meios de diálogo de políticas sociais sejam criados e intensificados, pois só assim os brasileiros usufruirão de maneira satisfatória do voto garantido pela Constituição Federal que redemocratizou o Brasil em 1988. Para tanto, o Governo Federal, com o Ministério da Cultura e Secretariais de Políticas Sociais deverão promover simpósios, congressos e fóruns em cidadãos, representantes de comunidades e políticos debatam e discutam políticas públicas e sociais. Concomitantemente, através da mídia, quarto poder, campanhas que incentivem a família a pensar no poder do voto deverão ser realizadas. Por fim, à escola, berço da cidadania, caberá a tarefa de promover discussões, sarais e feiras culturais sobre a temática para que o jovem aprenda desde cedo que a força do voto é impulsionada pela nobre razão de se pensar no próximo. Por meio disso, as esferas políticas, civis e familiares serão levadas à desenvolver seu caráter altruísta.