O homem é um animal político. Assim afirmou Aristóteles ainda na Idade Antiga, ele acreditava na capacidade de todos em exercer política, pois todos são dependentes da sociedade e de conviver em sociedade. Contudo, no Brasil, atualmente, muitos cidadãos não dão valor social ao voto e o veem apenas como uma obrigação. O valor social do voto está relacionado com a capacidade dele em promover transformações dentro de uma sociedade. Essas transformações tornam-se ativas quando o cidadão escolhe um representante político, porque este irá executar ações voltadas para as teses anteriormente propostas. Por isso, assim como defendeu Aristóteles, participar da política implica o exercício da ética, visto que as propostas que irão ser cumpridas pelo político terão impacto sobre todos os indivíduos da sociedade e não somente naquele que as deseja. Entretanto a vista do voto como mera obrigação e quando não há exercício da ética, o cidadão mostra-se desinteressado pela sociedade. Esse fato ocorre, portanto, quando o indivíduo não se reconhece na própria sociedade em que está inserido e retrocede ao estado da natureza, estado anterior à formação da sociedade, este defendido por autores contratualistas - Hobbes, Locke e Rousseau - como o sem cultura e sem razão. Ademais essa visão do voto prejudica a entrada de políticos que representariam a maioria da população e iriam atender as maiores necessidades do país. Em suma, é preciso ética para o exercício do voto. O indivíduo deve, portanto, pesar todas as propostas de seu candidato sob óptica de todos os presentes na sociedade, assim beneficiará a entrada de políticos que atenderão as maiores necessidades do Brasil. Além disso, com o objetivo de evitar a visão do voto como mera obrigação, o Ministério da Educação tem por papel, com o auxílio dos professores, promover debates sobre a importância do voto, dessa forma, conscientizará os cidadãos, desde cedo, sobre o valor social do voto. Com essas medidas, os indivíduos da sociedade tornar-se-ão verdadeiros animais políticos.