O voto é uma forma de representar a “voz” dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos, no intuito de direcionar o país a um futuro melhor. Contudo, percebe-se que esse direito, no Brasil, não tem sido bem utilizado e, por vezes, é acompanhado por “venda” de votos ou realizada de modo arbitrário. Dessa forma, o voto não é encarado pela maioria como algo realmente transformador e poderoso, o que abre brechas para a ascensão de governos ruins. Em um primeiro momento, é importante ressaltar que a maior parte dos brasileiros não possui interesse por questões políticas, já que não é oferecida educação política nas escolas e universidades e, assim, não ocorre uma formação crítica sobre o assunto. Como consequência, a falta de interesse aumenta diante do histórico de governos corruptos e mantém a situação. Entretanto, é possível ter bons governos, se a população for instigada a ter um olhar crítico e a se entender como capazes de mudar os rumos do país. Outro aspecto a se destacar é o comodismo político, o qual leva pessoas a votar aleatoriamente sem conhecer as propostas e o histórico do candidato escolhido; ou adquirir algum benefício financeiro em troca do voto. Destarte, esses fatos advêm de uma cultura alicerçada ao longo de décadas, sendo hábitos que acabam invalidando a ideia de controle social dos representantes políticos, ocorrendo um processo inverso. Para a melhora da situação, é necessário que o Ministério da Educação insira a disciplina Educação Política nas grades curriculares escolar e acadêmica. Esse estudo permeará o conhecimento sobre a abrangência política interna e externamente, assim como o estímulo à criticidade e à busca do discernimento sobre a vida e propostas dos candidatos, a fim de que o voto possa de fato representar o povo e seja feito com seriedade.