Título da redação:

O voto e a educação como meios transformadores

Proposta: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?

Redação enviada em 04/05/2018

No Brasil, após anos de luta, com a Constituição de 1988, é garantido a todo cidadão, desde que legalmente apto, o direito do voto. Assim, é dada à população a oportunidade de escolher aqueles que irão ocupar os cargos políticos, caracterizando uma democracia representativa. Entretanto, nunca foi oferecida aos cidadãos o principal meio, a educação de qualidade, para que, efetivamente, o voto tenha seu principal valor cumprido: o da mudança. A priori, é importante destacar a importância do direito de votar no Brasil. Em 1985, os cidadãos brasileiros que, outrora, encontravam-se sob a ditadura militar, elegem Tancredo Neves o novo presidente da República Federativa. Entretanto, o mesmo não tomou posse, fazendo de José Sarney o primeiro civil eleito a assumir a presidência desde 1960, quando Jânio Quadros o fez. Embora, à época, nem todos pudessem votar, essa eleição foi, indubitavelmente, o estopim para que voto universal fosse possível, mediante a nova constituição elaborada no terceiro ano do governo Sarney. Hodiernamente, o país vive, inegavelmente, um dos períodos políticos mais tensos de sua história. Reeleita em 2014, Dilma Rousseff foi afastada da presidência, em 2016, pelo processo de impeachment. Outrossim, mesmo antes da eleição, o clima no território tupiniquim não era tão bom. Diversos foram os protestos contra a situação do país, desde os famosos “panelaços”, grandes marchas nas ruas e alto engajamento nas mídias sociais, de maneira análoga ao ocorrido na Primavera Árabe. Contudo, as manifestações não resultaram, efetivamente, em mudanças. Tal fato pode ser observado pela manutenção de políticos corruptos em seus cargos. Por certo, isso é fruto da má qualidade da esfera mais importante: a educação. Os jovens, que são os responsáveis pelo futuro, embora tenham alta carga horária de estudos linguísticos e matemáticos, pouco estudam temas sociais, que são os mais importantes para a transformação. Sem uma boa educação, as eleições tomam somente um significado: um eterno embate de esquerda e direita. Urge ao Estado, como gestor do coletivo, por meio do Ministério da Educação, investir na melhoria da educação, contemplando o processo da formação de professores e aumentando a carga horária de matérias que estimulem a discussão política e social, como a filosofia e a sociologia, o que acarretará, paulatinamente, em melhores decisões tomadas pelos jovens na hora de escolher o futuro da nação. Assim, vale-se a máxima de Nelson Mandela: “A educação é a forma mais poderosa de se mudar o mundo”.