O povo brasileiro, à base de muita luta, conquistou o pleno direito do voto direto e secreto. Durante o período Imperial, todavia, o sulfrágio era indireto e censitário, pois a Constituição de 1824 excluía grande parte da população, favorecendo a minoria que detinha melhores condições financeiras. Apesar dessa conquista, existe, hoje, muita resistência no que se refere à política no Brasil, cujo voto tornou-se uma obrigação, somente, para algumas pessoas. É válido ressaltar que o desinteresse da maioria da população brasileira na participação política do país consiste, também, na falta de representatividade dos candidatos. Analisemos, primeiramente, o cenário das últimas eleições presidenciais: o elevado número de votos brancos, nulos e a ausência de alguns eleitores nas urnas, demonstram a falta de identificação do povo e seus possíveis representantes. Além disso, o envolvimento de ex-presidentes brasileiros em investigações contra a corrupção no país é um outro motivo de desconfiança do povo no momento do voto. A inclusão na participação da política de um país, entretanto, não pode ser sucumbida pelo governo do político A ou B, ou pelo que, ilicitamente, fizeram. A corrupção, até atingir o patamar que abrange a gestão de uma nação, ela inicia com pequenas atitudes como "furar" a fila do banco, estacionar em lugares reservados para idosos, entre outras. Observa-se, dessa forma, que a transformação do Brasil depende do caráter e da ética de cada indivíduo para que, assim, atinja a política em geral. A conquista do voto universal no Brasil, portanto, precisa ser pautada por jovens e adultos engajados politicamente. Aliás, deveria ser uma ciência obrigatória nas escolas e nas universidades, de modo que os estudantes desenvolvam, desde cedo, o espírito social do país. Desse modo, haveria mais pessoas interessadas e preparadas para eleger um candidato, não somente por obrigação, mas exercendo a democracia em prol de um país igual e justo.