Mudanças climáticas são eventos que sempre existiram na história do planeta e não são exatamente uma novidade. A significativa diferença é que esses eventos pareciam estar no passado, com pouca ou nenhuma conseqüência no cotidiano do homem contemporâneo. Contudo, os últimos eventos climáticos - redução de precipitações no sudeste brasileiro ou onda de calor na Índia, mostram ao homem o quão ele é vulnerável ante suas próprias ações. Como já afirmava Antoine Lavoisier : na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Durante a Revolução Industrial o homem e a sociedade adoram essa máxima,pois o camponês tinha emprego e os recursos naturais se apresentavam em abundancia, a única conseqüência perecia ser o progresso. Hoje porém, as sociedades - ricas e pobres, podem sentir essas transformações. O excedente "perdido" durante a industrialização, somado à outras ações antrópicas levam aos chefes de Estados preocuparem-se cada vez mais com os impactos na natureza e seus conseqüentes ônus. Mas como é uma conta onde não há como definir com precisão os bônus de cada envolvido, as metas e seus cumprimentos ficam sempre para uma próxima reunião. A velocidade das mudanças climáticas poderá ser desacelerada, contudo, cabe a sociedade e ao Estado atuarem de forma conjunta para tal. A sociedade pode consumir menos, desde energia elétrica, passando pelo transporte individual até mesmo em alimentos e bens supérfluos. O Estado por sua vez pode optar por energias de fontes renováveis, como as hidrelétricas e eólicas, utilizando o mínimo possível as termoelétricas tão poluidoras e caras - financeira e ecologicamente, para o consumidor.