No Brasil, problemas de ordem climáticas ocorrem desde a época colonial, posteriormente, estendendo-se para outros ciclos, como o do pau-brasil, cana, café e ouro. A problemática ambiental tem origem na displicência de civis, empresas e governos, essa provém da sobreposição de interesses econômicos diante da preservação dos recursos naturais. Nessa perspectiva, surgem entraves intrinsecamente ligados à realidade do país, seja pela insuficiência de leis, seja pela lenta mudança de mentalidade social. Em primeiro lugar, é de conhecimento global, que os gravíssimos problemas ambientais existentes na sociedade contemporânea, ascenderam-se, principalmente, após a primeira Revolução Industrial, no século XVIII, haja vista que, os modelos industriais implantados, os quais se fazem presentes cada vez mais, utilizam-se de matérias primas e fontes de energia altamente danosas ao meio ambiente, por exemplo, energia nuclear e combustíveis fósseis. Certamente, ambos fatores provocam fortes alterações climáticas no país, dada a incapacidade de alteração em grande escala de tais fontes energéticas, pelo contrário, o que se tem é demanda cada vez maior, essa decorre do aumento da demanda de serviços e bens de consumo, dado o crescimento populacional, bem como a falta de investimentos por parte do Governo Federal. Diante desses, entidades como a NASA, propõem que as raízes do cenário das mudanças climáticas globais, podem levar o planeta a um colapso, provocado, principalmente, pelo aumento da população e suas relações com meio. Outrossim, é o fato do país ter como sua principal atividade econômica: o agronegócio; geração de energia: a hidrelétrica. Ambas, são atividades dependentes, por exemplo: de bons índices pluviométricos, pois, poucas chuvas provocam a perda de pastagens, inviabilização do cultivo de grãos, como: arroz, café, feijão, milho, soja, etc., ainda prejudicam o nível da água de rios e reservatórios, itens necessários para aquelas respectivas atividades. Portanto, o desafio do Brasil é um dos maiores - frente as mudanças climáticas globais. Todavia, o Brasil possui florestas tropicais em grande parte do seu território nacional, um dos únicos pontos positivos, tratando-se de clima. Contudo, práticas irregulares de queimas e extrações vegetais, bem como o desmatamento ilegal para prática de bovinocultura, põem em risco regiões como a Amazônia e a Mata Atlântica. Fica evidente, portanto, a necessidade da adoção de medidas para resolver o impasse. Primeiramente, o Governo Federal deve criar emendas constitucionais que assegurem à preservação e manutenção de suas florestas. Nessa perspectiva, é preciso fortalecer o número de pessoal e ampliar os poderes de órgãos de fiscalização, como o IBAMA. Segundo, a União deve também investir maiores recursos para pesquisa e desenvolvimento de novas matrizes energéticas, a fim de substituir as atuais fontes de energia. Terceiro, a União, Estados e Municípios devem promover, periodicamente, campanhas publicitárias de conscientização sobre meio ambiente, destacando: responsabilidade ambiental de empresas e demais. Quarto, mas não menos importante, é a revisão do PNE - Plano Nacional de Educação, no qual é preciso tornar obrigatório em todos níveis de ensino de escolas públicas e privadas: a abordagem de temas ambientais - mostrando a parcela de responsabilidade de cada cidadão, pois, segundo Immanuel Kant, " O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele".